Orgulho e luta LGBT: para amar e viver com dignidade e direitos
Junho é mês de dar visibilidade às vidas LGBT, que mesmo travando uma batalha contínua, continuam marginalizadas na nossa sociedade. De que se trata essa batalha? Com certeza é sobre o direito de amar e se relacionar, mas não só isso.
Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e assexuais têm o direito, primeiramente, de viver, e isso não é garantido no Brasil, país violento que mata na rua, nas instituições e até dentro de casa. Também é uma batalha o acesso ao ensino, pois a discriminação expulsa-os desde a escola e muitos não chegam à universidade, principalmente em tempos de destruição da Educação pública desde a creche.
No mercado de trabalho, são visíveis os reflexos: LGBTs ocupam empregos precários ou estão na fila do desemprego que atinge mais de 10 milhões de brasileiros. Não basta que uma minoria de LGBTs acesse cargos de poder ou que grandes empresas utilizem a bandeira para se mostrarem inclusivas. É urgente qualidade de vida para todos, todas e todes com acesso à saúde que respeite seus corpos, à moradia com saneamento e sem expulsão de casa, ao transporte sem correr risco de agressão, à dignidade sem tropeçar na LGBTfobia.
É necessário discutir gênero e sexualidade em todas as esferas sociais, tendo como norte o respeito à diversidade. Combater a violência, o ódio e o preconceito, olhando para si mesmo e ao redor. Não tolerando nem mesmo a piada, o discurso discriminatório, pois ele dá respaldo à ação que violenta vidas.
Pessoas LGBTs lutaram e lutam nas fileiras da classe trabalhadora através da história, conquistando aquilo que hoje há. É papel de todos também estar ombro a ombro na defesa de seus direitos. Em um mundo capitalista, de exploração de uma classe sobre a outra, há muito mais que nos une do que nos separa.
“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” - Rosa Luxemburgo.