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Ameaça de superbactérias é problema sério de saúde pública

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem declarado que a incidência de infecções por superbactérias resistentes a drogas atingiu níveis sem precedentes em todo o planeta.

O sério problema já ameaça criar um cenário de proliferação de infecções incuráveis, e no Brasil as consequências desta realidade já começam a ser sentidas.

Para a direção do sindicato, todas as ações de vigilância sanitária em portos e fronteiras são de responsabilidade do governo federal por envolver o comércio internacional e a entrada de estrangeiros no país.
 
A mobilidade de pessoas por todo o mundo hoje põe em risco os países, e uma vigilância preventiva seria necessária, diz a diretora da Secretaria de Assuntos Jurídicos, Ana Lago, e é por esta razão que fomos ao Ministério Público Federal no RS denunciar a ANVISA, denúncias estas graves sobre a falta de servidores em locais estratégicos para o controle sanitário e o desmantelamento da estrutura dos Postos, de Portos e Aeroportos pela falta de investimentos e corte de recursos da União, o que fez com que a Procuradora Federal Suzete Bragagnolo notificasse a Diretoria Colegia da ANVISA e a Gerência-Geral de Portos e Aeroportos.
 
A ANVISA tem como responsabilidade garantir o controle sanitário de Portos, Aeroportos e Fronteiras. A agência deve cumprir seu papel institucional como entidade de saúde pública, bem como, a proteção à saúde do viajante, dos meios de transporte e dos serviços submetidos à vigilância sanitária.
 
Vamos acompanhar a notificação do MPF e denunciar a falta de responsabilidade do governo federal em não garantir a saúde pública para a população.
  
Em 2010, a superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) causou medo no Brasil após infecções em hospitais espalhados pelo país. E o que fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)? reforçou o controle sobre receitas médicas de antibióticos, na tentativa de conter o avanço da KPC.
 
Na última semana, o Ministério Público (MP) de Alagoas instaurou inquérito civil para apurar mortes no Hospital Universitário (HU) supostamente ligadas a infecções provocadas pela superbactéria Acinetobacter baumannii.
 
Outra superbactéria que causa de preocupação mundial é a NDM-1. Ela chegou ao Reino Unido vinda de Nova Délhi (Índia) em 2010.
 
“A NDM-1, cujo nome é Nova Délhi Metalo-lactamase-1, é um grupo de bactérias que desenvolveram resistência a antibióticos avançados, que tem na sua conformação molecular o anel betalactâmico, e esta enzima a NDM-1 age contra este anel, resumidamente produzindo resistência a este antimicrobiano”, falou o chefe da área de infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor Francisco Hideo Aoki.
 
O professor afirma que infecções causadas por esta bactéria podem atingir qualquer parte do corpo do ser humano e são de difícil tratamento com os antimicrobianos existentes. “Dada a intensa resistência que têm aos antibióticos, as possibilidades de tratamento ficam muito reduzidas se não forem controladas ou se não se houver uma combinação de antimicrobianos”, explica.
 
Segundo a OMS, a cada ano mais de 25 mil pessoas morrem na União Europeia em decorrência de infecções de bactérias que driblam até mesmo antibióticos recém-lançados. Para a organização, a situação chegou a um ponto crítico em que é necessário um esforço conjunto urgente para produzir novos medicamentos. (Fonte: Portal Terra)

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