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Com auditório lotado, evento do Dia da Consciência Negra traz reflexões importantes sobre a data

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Durante todo dia dessa quarta-feira (27) ocorreu, no auditório do SindisprevRS, um evento em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro. Com aproximadamente 100 pessoas na plateia, o encontro, promovido pela Secretaria de Raça, Gênero e Combate à Discriminação Racial trouxe palestras, debates, apresentações artísticas, cultura e confraternização.

O evento de 2024 abordou o tema ““Dia da Consciência Negra: as razões e a importância da data” e foi em homenagem ao poeta, intelectual e militante do movimento da Negritude em Porto Alegre, Oliveira Ferreira da Silveira. Ele Integrou o Grupo Palmares no período de 1971 a 1978 sendo um dos líderes da campanha pelo reconhecimento do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro, data de assassinato do líder do Quilombo dos Palmares. Em 2023, foi sancionada a Lei 14.759/23 que torna o dia 20 de novembro como feriado nacional.

Na parte da manhã, a filha de Oliveira Silveira, Naiara Silveira, narrou toda a história do seu pai, desde a sua infância em Rosário do Sul, até a sua fundamental participação e ascendência no movimento negro do Rio Grande do Sul e do Brasil. Ela também declamou algumas poesias de Oliveira.

Ainda pela manhã, os espectadores assistiram a uma apresentação cultural de Darcila da Silva, que contou a origem das bonecas Abayomis, confeccionadas originalmente por mães africanas para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil. Elas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. Hoje em dia, as Abayomis são um símbolo de resistência e poder feminino, e representam a ancestralidade e a luta da cultura negra.

No período da tarde, a convidada Mãe Paty de Oxum, matriarca do Quilombo da Família Ouro de Porto Alegre falou sobre a defesa à liberdade de cultos tradicionais e respeito aos povos originários exaltando a sua ancestralidade. Na sequência, o professor e militante Pernambuco explanou a respeito do Kilombismo e trouxe uma imagem/texto sobre o abismo social e econômico entre brancos e negros no Brasil, o que estimulou uma grande reflexão entre os participantes.

No encerramento do evento, durante um momento de confraternização entre todos, tivemos a apresentação do músico Bruno Viana.

 

 

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