Na manhã dessa sexta-feira (11), o SindisprevRS esteve reunido com o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, na sede da Gerência Executiva de Porto Alegre. Em um encontro de aproximadamente uma hora e meia, os diretores do sindicato apresentaram ao representante da gestão diversos assuntos que fazem parte da pauta dos servidores do Seguro Social: o Programa de Gestão e Desempenho (PGD), as falhas constantes dos sistemas, a precariedade estrutural das agências e as práticas de violência e assédio contra servidores e servidoras.

Entretanto, o ponto principal da reunião foi a afirmação do presidente, em entrevista à Rádio Gaúcha nessa manhã, de que o INSS irá reabrir mais de 1.500 agências em 2026, priorizando o atendimento presencial e diminuindo o remoto. Um dos diretores do SindisprevRS propôs que o planejamento da reabertura das agências seja feito em conjunto com servidores e gestores, buscando conciliar os benefícios do trabalho remoto com os do trabalho presencial. O presidente deu a entender que aceitaria essa proposta, afirmando que a intenção da presidência do órgão é garantir qualidade para o servidor e para o segurado.

Ainda sobre esse ponto, foi relatado ao presidente as péssimas condições estruturais das agências do INSS, e questionado como se daria a reabertura delas. Em resposta, o presidente garantiu que o Ministério da Casa Civil e o presidente Lula estão de acordo com o retorno do atendimento presencial. Contudo, revelou que não há previsão de aumento no orçamento do órgão para este ano nem para 2026, mas que um remanejamento orçamentário pode ser feito.
Ao abordarem o tema do PGD, os diretores do sindicato enfatizaram que o programa implementado no INSS é o pior entre todos os outros órgãos federais. Como resposta, o presidente afirmou que “não dá para suspender o PGD agora porque não há outra proposta, mas podemos negociar uma melhora no programa”.
Sobre os sistemas do INSS, o presidente reconheceu o mau funcionamento e disse que diariamente recebe reclamações sobre falhas. Além disso, revelou que a Dataprev não sofre sanções pela má qualidade dos sistemas. Os diretores se espantaram com essa revelação do presidente, já que, gestores do INSS afirmaram em reuniões do Comitê de Processos de Trabalho que os recorrentes atrasos na publicação dos abatimentos nas metas exigidas eram devido à divergência de dados entre a DTI e a Dataprev, uma vez que esta última não reconhece todas as quedas e inconsistências ocorridas, pois tais falhas, quando identificadas, resultam em glosas contratuais e aplicação de multas. Com relação a isso, o Presidente do INSS afirmou com todas as letras que a glosa é ZERO.

Após expor as inúmeras denúncias que o sindicato recebe de servidores e servidoras sendo vítimas de assédio moral e sexual, além de outros tipos de violência cometidos por gestores, uma diretora do SindisprevRS ressaltou a importância de o INSS reavivar o Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS).
Por fim, foi solicitado um posicionamento da presidência do INSS em defesa dos servidores e servidoras do órgão no que diz respeito ao escândalo de fraude contra os beneficiários do INSS.
Participaram da reunião, além do presidente do INSS, o superintendente da Regional Sul do INSS, Alberto Carlos Freitas Alegre, o gerente executivo de Porto Alegre, Eduardo Basso, e representantes da Secretaria da Saúde do Trabalhador do SindisprevRS.