Em anexo, abaixo, leia os editais das convocatórias para as assembleias.
Desde 2008, o governo não negocia efetivamente com os trabalhadores da Carreira do Seguro Social. Em 2009, atacou a jornada de 30 horas que a muito custo foi recuperada parcialmente no final de 2011, com a mobilização da categoria, mas, na forma do REAT (Turno Estendido) – excluindo os colegas lotados nos setores de atividade meio e impondo ainda mais pressão nas APS.
Em 2012, a greve dos servidores públicos federais arrancou 15,01%, a titulo de reposição das perdas, parcelado em 03 vezes – 2013, 2014 e 2015. Fazem, portanto, 07 anos que o governo não abre negociações efetivas com os trabalhadores do INSS. Nesse tempo, a nossa remuneração vem perdendo poder de compra frente a inflação.
A distorção que faz da GDASS corresponder a mais de 70% do total da remuneração não foi corrigida e a perda dos 50 pontos quando da aposentadoria continua. A prometida valorização da Carreira em sequência ao acordo de 2008 não aconteceu. A única coisa que o governo e a administração do INSS têm feito nesses 07 anos foi aumentar os ritmos de trabalho e cobrar mais. No INSS, crescem o assédio moral e os afastamentos por doenças adquiridas no trabalho – principalmente as relacionadas com sofrimento mental.
A inépcia da administração também se generalizou. Os sistemas versão após versão transformam o trabalho numa pista de obstáculos, não há treinamento adequado, a manutenção dos prédios simplesmente não existe, equipamentos adquiridos e pagos pelos impostos dos contribuintes apodrecem sem ser instalados como aconteceu com aparelhos de ar-condicionado em várias APS do Estado. A busca de negociação e melhorias no trabalho da categoria não receberam resposta nesses anos, apenas indiferença, enrolação e faz de conta. Efetividade, apenas foi efetivada a IN 74, que esmaga o servidor.
As recentes medidas do ajuste fiscal do governo Dilma não só atacaram o seguro desemprego e as pensões como trouxeram mais trabalho para o INSS. A concessão do defeso passou a ser nossa responsabilidade. Nos corredores de Brasília circula a ideia de transferir para o INSS o seguro desemprego e alguns mais ousados cogitam em nos presentear com o Bolsa Família, transformando o INSS numa espécie de “tudo fácil”.
Tudo isso num quadro reduzido de pessoal e com a perspectiva de aposentadoria de 16.000 servidores até 2018 sem que se fale em concurso público. A verdade é que a insatisfação nos locais de trabalho é imensa. Todos reclamam, todos sentem o peso do trabalho. Não há mais alegria em servir a população, os ambientes estão com uma carga negativa. Hoje, infelizmente, se trabalha mecanicamente para receber o salario e só.
Mas, enquanto reclamamos, às vezes brigando entre nós, nosso salário vai sendo consumido com o custo de vida corroído pela inflação. Se nada for feito, de uma hora para outra a pequena melhoria salarial que conquistamos vai se perder e só vamos ficar com a carga de trabalho crescente. Não há alternativa. A nossa pauta de reivindicações já foi entregue inúmeras vezes, os diretores da nossa FENASPS e do SINDISPREV-RS já buscaram estabelecer a negociação com o INSS, o MPS e o MPOG.
A todas as nossas demandas nos dizem que estão abertos ao diálogo, mas nada acontece. Chega de esperar. Vamos nos organizar, tomar o destino nas nossas mãos e conquistar nossas reivindicações. É hora de lutar. Organize reuniões no seu local de trabalho, avise o sindicato, organize seu local para ir à Assembleia Estadual.
Dia 07 de julho começa a GREVE POR TEMPO INDETERMINADO. Pare.
O que queremos:
1º Reajuste de 27%;
2º Incorporação das gratificações;
3º 30 horas para todos;
4º Valorização da Carreira do Seguro Social: equiparação com as carreiras de gestão, discussão do subsídio, adicional de qualificação, interstício de 12 meses, atribuições, etc.
5º Concurso Público e combate ao assédio moral;
ASSEMBLEIA ESTADUAL: Aguarde a data!
PLENÁRIA NACIONAL DA FENASPS DIA 04 DE JULHO
Trabalhadores do INSS indicam por greve
O Encontro dos trabalhadores do INSS, realizado neste final de semana, em Brasília, definiu indicativo de GREVE por tempo indeterminado a partir de 07 de julho. Reuniões nos locais de trabalho e Assembleias Estaduais vão levar a decisão para Plenária Nacional, em 04 de Julho.
Vamos construir a greve e conquistar nossas reivindicações:
-27% de reajuste;
-30 horas para todos;
-Incorporação da GDASS;
-Plano de Carreira;