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A crise aguda na Saúde de Porto Alegre

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Por Rádio Guaíba

Uma série de críticas à gestão financeira da saúde pública de Porto Alegre, feitas através do Twitter pelo próprio secretário municipal do setor, Carlos Henrique Casartelli, foram minimizadas nesta manhã pelo vice-prefeito da Capital. Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, Sebastião Melo atribuiu os problemas citados à crise financeira, em especial devido ao teto limitado do SUS (Sistema Único de Saúde). Melo nega qualquer morosidade da Secretaria da Fazenda e garante que o gasto maior da SMS com a Procempa — R$ 4 milhões a mais do que em anos anteriores, segundo Casartelli — se deve à necessidade de informatização do sistema de saúde.

Quanto aos atendimentos privados pelo Hospital de Clínicas, classificados pelo secretário como uma incoerência, Melo ressalta que correspondem a apenas 10% dos pacientes atendidos na instituição, conforme convênio firmado com a Prefeitura. Para o vice-prefeito, as críticas de Casartelli expõem visões diferentes sobre a gestão da saúde, mas garante que não existe má vontade da Prefeitura com o setor.

“Não quero deixar de enfrentar a questão municipal, mas acho que duas questões são premissas maiores: a visão diferente do secretário sobre o Hospital de Clínicas e o teto do SUS, que é curto para o tamanho das nossas demandas. E existe uma divergência sobre a Secretaria da Fazenda, que o secretário entende como morosidade e, na verdade, o que há é falta de recursos para todas as áreas. A saúde é prioridade mas, evidentemente, quando se faz cortes, eles atingem todas as áreas”, destaca.

Melo ainda ressaltou que os investimentos em saúde vêm subindo, a cada ano, na gestão atual. Ele ainda destaca que uma melhor atenção ao setor depende de readequação do sistema público em todo o Estado, já que mais da metade dos pacientes atendidos na Capital vêm de outros municípios gaúchos.

A reportagem entrou em contato com o secretário municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, que preferiu não gravar entrevista. Segundo o secretário, por conta da lentidão da Secretaria da Fazenda, poderão ocorrer problemas em postos, com a falta de boletins de atendimento.  Ele alertou ainda para possíveis problemas futuros no programa Saúde da Família. Ele acredita que, pela manifestação contrária à gestão, deva ser demitido do cargo nos próximos dias. Melo afirma que a decisão caberá unicamente ao prefeito José Fortunati.

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