Agentes de Saúde do interior estiveram em Porto Alegre nesta quarta-feira (19), em virtude do Dia Nacional de Lutas, e compareceram da sede do SINDISPREV-RS.
As funcionárias, Eliane da Silva e Gilda Brem atuam no Posto do Bairro Bom Jesus em Pelotas, relatam que a situação por lá não está bem resolvida entre a prefeitura e os agentes, anteriormente elas trabalhavam como contratadas de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e APAE, e dizem que tinham os direitos trabalhistas bem mais respeitados do que agora, sendo contratadas em regime emergencial através do Município.
Direitos como vale transporte e férias não são concedidos a nenhum funcionário que trabalha neste regime, segundo informaram isso acontece com a justificativa de que elas trabalham no mesmo bairro que moram, sendo que quando precisam ir ao centro da cidade têm de a passagem do próprio bolso.
A prefeitura diz que somente após a realização de uma nova seleção e o acerto de todas as equipes de agentes é que poderão ser atribuídos todos os direitos funcionais. O salário base pago é de R$400, mais parcela SUS (gratificação) e vale alimentação, por um serviço que envolve compromisso e responsabilidade por parte delas com as famílias assistidas, ainda muitas vezes as funcionárias cobrem áreas do bairro que são carentes de profissionais na promoção e prevenção da saúde, sem receber nada a mais.
Da cidade vizinha, Rio Grande, agentes dos bairros Bolacha, Bernadete, São Miguel e Vila Brás estiveram do SINDISPREV-RS. Mesmo Rio Grande estando apenas 1hora de Pelotas, o quadro por lá é um pouco diferente. Os agentes são funcionários que prestaram concurso público da prefeitura, deste modo recebem um salário mínimo, vale alimentação, adicional de risco de saúde (conquistado após uma greve), e 25 passagens ao mês.
O EACS (Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde), funciona mais ou na mesma forma do PSF, atendo à prevenção da saúde, principalmente no acompanhamento de diabéticos, gestantes, hipertensos, sendo um elo entre a comunidade e a equipe de saúde municipal. Os agentes dão atenção ainda:
à questão das drogas, buscando identificar e encaminhar usuários para tratamento; à rede família (buscando trazer o filho de volta ao lar); promovem atividades de lazer e cultura, sempre voltadas para e educação e bem-estar social. Infelizmente todo esse trabalho não é devidamente reconhecido, pois a remuneração não é a ideal e como diz uma da funcionárias, várias vezes precisam desembolsar para cobrir custo de passagem, já que a secretaria de saúde fica no centro da cidade.
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