Após 80 dias de greve, os delegados dos Estados presentes na Plenária Nacional Permanente realizada na última sexta-feira, 25, aprovaram a suspensão da greve do seguro social e a manutenção do estado de greve e Plenária Nacional Permanente. As medidas foram deliberadas em assembleias de base nos 26 estados.
O movimento de greve dos trabalhadores do Seguro Social/INSS e Seguridade Social foi deflagrado em função das graves dificuldades para atender à demanda crescente pelos serviços ofertados pela Previdência Social e o quadro de assédio moral institucionalizado existente na instituição.
O INSS enfrenta déficit de funcionários, a ameaça de colapso frente à eminência de aposentadoria de aproximadamente 12 mil servidores de uma força de trabalho de 33.345, números que poderão chegar a 19 mil servidores até 2019. Por falta de um Plano de Cargos e Carreiras e de perspectivas profissionais, da ineficiência dos sistemas corporativos, da manutenção dos prédios, de treinamento e devido à prática institucionalizada de assédio moral, que substitui o gerenciamento das equipes pelo funcionamento ditatorial, há alta rotatividade de concursados na instituição.
Entre as deliberações do CNG, estão a continuidade da Plenária Permanente até esta semana, solicitação de audiência no INSS para verificar as pendências do pós-greve e sobre a estruturação da discussão do Plano de Ação e o retorno unificado ao trabalho na quarta-feira, 30 de setembro.
Hoje à tarde, às 13 horas, no Clube do Comércio, uma assembleia geral dos servidores define o encaminhamento da greve no RS.
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