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APS Lagoa Vermelha – mais um exemplo do desmonte gradual dos serviços públicos

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Atendendo chamado dos colegas da APS de Lagoa Vermelha, organizamos reunião no domingo, 28/02, onde foi debatido o problema do retorno da energia elétrica na APS previsto para o mesmo fim de semana. A situação relatada é da mais completa desmoralização da instituição INSS, pois o incidente com o cabo de energia ocorreu no dia 31/01/2016 (não havia temporal na cidade), e nas semanas seguintes verificou-se a maior desorganização nas informações, tanto da administração INSS quanto da empresa responsável pela energia na cidade.

Todos os dias, o problema estava para ser resolvido, oque só ocorreu de fato na tarde do dia 29/02.  Enquanto isso, a população recebia informações verbais dos servidores, que também estavam sem data definida para atendimento. No dia 26/02/2016, em reunião na APS com a Gerência Executiva de Passo Fundo, foi informado que estaria solucionado o problema pela empresa terceirizada da RGE para a semana seguinte, e, em até sessenta dias, a substituição definitiva do cabo seria realizada.

Diante disso, os servidores solicitaram o recebimento do documento que amparasse o retorno ao trabalho com segurança. Pois, a ligação seria refeita com abastecimento de energia em baixa tensão sendo que sempre fora em alta tensão.

Por conta desse histórico de incertezas e de uma ligação clandestina ocorrida na semana anterior que durou um dia até ser novamente desfeita,  os colegas da APS resolveram não retomar o atendimento normal sem as garantias documentadas de que a ligação não oferecia riscos.

Outra reunião com a gerente da APS realizada no dia 29/02, onde fomos informados das negativas verbais da Gerência Passo Fundo de que não haveria o atendimento desta solicitação, foi elaborado documento timbrado e assinado pelo diretor Jorge Patrício, do SINDISPREVRS, e entregue em mãos pelo Diretor do sindicato Weber Nunes na logística da gerência, a qual alegando não reconhecer o signatário continuou negando atendimento do solicitado. Os servidores da APS prontamente reemitiram o documento o qual foi assinado por todos os indignados participantes daquele circo de horrores que estava instalado na pacata Lagoa Vermelha.

A gerência Passo Fundo continuou em sua soberba de não encaminhar um simples documento já existente. Os trabalhadores deveriam retomar as atividades porque tudo que fora dito sobre a segurança bastava. Como se a palavra da gerência Passo Fundo não houvesse caído no vazio em outras oportunidades.

Alvará do prédio está cassado

Contatamos o Corpo de Bombeiros da cidade a fim de agendar uma vistoria na APS, prontamente foi emitido um relatório com histórico negativo do prédio. Desde março/2014, o alvará do prédio está cassado por falta de condições, multas foram aplicadas pelo não atendimento das exigências, os extintores estão vencidos.

Ao mesmo tempo já estávamos contatando o Engenheiro Eletricista Mezzomo que prontamente compareceu na APS acompanhado de mais um colega profissional a fim de avaliarem a situação tanto da ligação externa quanto da rede interna.

A gerência percebendo a firme determinação dos trabalhadores da agência em serem ouvidos e atendidos em sua reivindicação básica, não colocou obstáculos ao trabalho dos engenheiros chamados pelo sindicato. Após avaliação, foi informado aos colegas pelos profissionais que a carga fornecida estava compatível com a demanda da agência, mas no laudo apontariam os problemas internos da rede a serem imediatamente resolvidos. 

Após esta confirmação, mais aliviados, os colegas da APS decidiram retornar ao trabalho no dia seguinte.

Avaliação do episódio:

Além do gosto amargo de mais uma decepção com o comportamento da sua administração, para o conjunto dos trabalhadores ficou a certeza que os anos de trabalhar com afinco ouvindo promessas calados ficaram  para traz.  -O “canto de sereia” em relação à conquista das 30 horas "garantindo indices e metas chegaremos lá",…..- não precisa arrumar isto ou aquilo  "vamos ganhar um prédio novo" um local digno de trabalho e atendimento à população.  E o tempo vai passando.

Na verdade, o episódio da falta de energia por históricos 30 dias em uma  APS, foi a gota de agua que derramou um balde de frustrações de toda a ordem. Pois um emprego disputado por milhares de pessoas em um poderoso órgão federal que deveria ser orgulho para todos que o conquistaram torna-se a maior decepção profissional. Jogados em verdadeiros mausoléus(inclusive o SUS com toda sua precariedade abriu mão do prédio), sem apoios adequados de infraestrutura, de informatização, de  atualização da legislação, com sucessivas evasivas da administração em relação as soluções. Está retratada grotescamente a linha estratégica do governo, isto é,  a extinção das áreas físicas, implantando o INSS virtual do século 21 sem a devida transição.  Assim não há autoestima que resista.

O sentimento de revolta da equipe, se é que ainda exista uma na APS, é fruto das humilhações por estas condições precárias de trabalho, da sistemática falta de consideração na cobrança de um rendimento que não é possível ser atingido de uma relação interpessoal permeada pelo desprezo da administração aos anseios e opiniãos dos seus funcionários.

Os gestores do INSS estão especializando-se em reproduzir  justificativas oficiais da hierarquia ao invés de rebelarem-se contra as migalhas de verbas para administrar. Restou a certeza de que para resgatar a dignidade profissional e conseguir o respeito da hierarquia, somente a unidade de todos na luta concreta pode alcançar alguma mudança.

 –  A FORÇA DE NOSSA UNIÃO SERÁ A NOSSA VITÓRIA!  – Jorge Patricio\SindisprevRS

                                   

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