Os servidores presentes na Assembleia Geral do SindisprevRS, que ocorreu na manhã deste sábado, 08, deliberaram a adesão à Greve Geral do dia 14 de junho. O principal eixo é barrar a Reforma da Previdência, e a mobilização vem na esteira das lutas em defesa da educação, que tomaram as ruas nos dias 15 e 30 de maio. Estiveram presentes na assembleia trabalhadores do Trabalho, Saúde, Previdência e Anvisa de todo Rio Grande do Sul.
Na abertura, o diretor Zé Campos falou sobre a conjuntura política, e o advogado Thiago Brunetto fez uma síntese da proposta de Reforma da Previdência e seus impactos diretos para os servidores públicos. Após, abriu-se o debate, e, em suas falas, os servidores levantaram questões dos locais de trabalho e fizeram apontamentos sobre a construção da Greve.
Não faltam motivos para os trabalhadores pararem o Brasil no dia 14. Está em curso um projeto de país que, em meio à crise, ajusta as contas retirando os direitos dos trabalhadores. O governo diz que a Reforma da Previdência é a única alternativa para o Brasil não quebrar. A verdade é que estão priorizando o pagamento dos juros e amortizações da dívida pública, conforme já declarado pela equipe econômica.
Para os servidores federais, a situação é preocupante: o ministro da economia, Paulo Guedes, pretende realizar uma “Reforma de Estado”, isto é, deixar de realizar concurso público e digitalizar o que for possível para reduzir servidores. Outras medidas já vêm desmontando por dentro os serviços públicos: a extinção do Ministério do Trabalho, a MP 871 para o INSS, a reestruturação da Anvisa e as privatizações na Saúde.
Os trabalhadores brasileiros já realizaram cinco lutas nacionais este ano, e se preparam para agora cruzarem os braços e irem às ruas em defesa da Previdência Social. A assembleia encaminhou que haverá, nesta próxima semana, mobilização nos locais de trabalho e diálogo com a população para que, todos juntos, digam não à Reforma da Previdência e aos demais retrocessos.
