Após o debate realizado na quinta-feira (13/08), que contou com a participação de Jorge Eltzer, médico pediatra e diretor do SIMERS, os participantes decidiram organizar um ato em defesa da saúde pública no Rio Grande do Sul. O objetivo principal do encontro foi relacionar a polêmica criada com o aumento de casos da gripe A no Estado e a falta de preparo da parte do Governo em lidar com essa epidemia social.
A categoria teve a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre o novo vírus da gripe, situações de risco dentro e fora dos hospitais.O mediador do debate Joel Soares, diretor do SINDISPREV-RS , colocou que o pânico causado pelo novo vírus deve-se também à crise na saúde pública, que não está preparada para lidar com a nova doença, e ressaltou a falta de treinamento dos profissionais, que precisam lidar diretamente com os casos, a falta de segurança que são expostos, e a deficiência nas contratações de pessoal especializado.
Entre os assuntos tratados foi colocado ao público que a gripe A deve ser tratada pelos gestores da saúde pública como qualquer doença ou vírus que coloque em risco a vida de qualquer pessoa. Considerada uma mutação de vírus, foram salientadas as formas de evitar o contágio: não permanecendo muito tempo em lugares fechados e sempre estar com o processo contínuo de higienização das mãos, lavando-as ou utlizando alcóol. Também foi questionado a quebra de patente do remédio Tamiflu, e a demora com que estes são fornecidos pelo governo, considerando que até o momento é o único tratamento eficaz da doença. O vírus apresenta mais facilidade de desenvolver-se nos considerados grupos de riscos- como grávidas, hipertensos e obesos, e a necessidade destes serem liberados do trabalho para diminuir o risco de contágio.
O grande debate estabeleceu-se na necessidade de formar um comitê em defesa da saúde pública, que encontra-se doente. Um ato foi marcado para o primeiro dia do mês de setembro, para alertar o caos na saúde pública, e exigir do Governo abertura de concurso público para os quadros da saúde, a aplicação das verbas que a lei determina para o setor e a abertura de leitos hospitalares com a reativação dos hospitais do Complexo Ulbra. Compareça!
