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Centenas de medicamentos de uso restrito são encontrados na Capital

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Centenas de medicamentos de uso restrito, com tarjas pretas ou vermelhas, foram encontrados na manhã de hoje pelos policiais militares do 11º BPM no bairro Cristo Redentor, em Porto Alegre. Os remédios estavam abandonados em dois locais, sendo um da rua Comendador Albino Cunha e outro na rua Edmundo Bastian. Segundo o capitão Sérgio Rocha, os produtos ainda estavam dentro dos prazos de validade. “Alguns encontravam-se dentro de sacos plásticos de lixo de cor preta”, observou, acrescentando que os demais foram deixados dentro de um container de resíduos de construção de um canteiro de obras. O material foi apreendido e encaminhado para a 9ª DP, no IAPI.

A Secretaria Municipal da Saúde foi acionada. Por coincidência, uma equipe da Vigilância Sanitária realizava um trabalho em relação à dengue no bairro e acompanhou a ação dos policiais militares do 11º BPM. O chefe de investigação da 9ª DP, Jorge Rubim, disse que o primeiro passo será apurar a origem dos medicamentos a partir da numeração dos lotes que está impressa nas embalagens. Ele já entrou em contato com o Grupo Hospitalar Conceição, que fica na região, e também com clínicas existentes na área, em busca de alguma pista. “Vamos verificar se esses remédios foram roubados, furtados, desviados ou simplesmente descartados”, explicou. Qualquer pista ou informação pode ser repassada à 9ª DP, que atende pelo telefone (51) 3345-0444.

Para o capitão Sérgio Rocha, do 11º BPM, o descarte inadequado de medicamentos, ainda dentro do prazo de validade, dificilmente teria sido realizado por um hospital e clínica pois os mesmos obedecem as normas da Vigilância Sanitária, mas não descartou mesmo assim essa possibilidade. O oficial recordou, porém, que há cerca de quatro meses ocorreu o roubo de medicamentos no bairro Humaitá.

Já o delegado Guilherme Wondracek, da Delegacia de Repressão a Roubos a Cargas, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), vai aguardar a apuração dos colegas da 9ª DP. “Assumiremos o caso se ficar comprovado que se trata de medicamentos roubados ou furtados”, afirmou. Ele acredita que, no caso dos remédios serem realmente de procedência ilícita, os criminosos não teriam conseguido repassá-los nas farmácias por serem de uso restrito, muitos empregados somente dentro de estabelecimentos de saúde. Por isso, acrescentou o delegado, poderiam ter sido abandonando-os de qualquer jeito na rua.

Entre os medicamentos apreendidos haviam morfina, analgésicos cirúrgicos, antipsicóticos e indicados até para tratamento da esquizofrenia, além de outros narcóticos e antidepressivos. Muitos estavam rotulados como genéricos. Todas as embalagens não estavam amassadas e nem tinham sinais de deterioração, indicando que as mesmas encontravam-se sendo bem armazenadas antes de serem abandonadas na via pública.

 

Fonte: Correio do Povo

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