Nos últimos dias, em listas internas do INSS e no Pandion, foi aberta uma discussão em torno da jornada de trabalho. Mais uma vez, indivíduos e organizações ligadas ao governo fazem uma campanha buscando dividir a categoria e afastá-la da luta pelas suas reivindicações.
LEMBRANDO
Isto já aconteceu em 2008, quando essas mesmas pessoas defenderam a primeira proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento e passaram a atacar a FENASPS, o SINDISPREV-RS e os demais sindicatos. Chamavam os representantes da categoria de burros, despreparados e desqualificados, e diziam que deveríamos aceitar logo o que o governo oferecia.
Com isto, facilitaram a ação do governo e das chefias, e, a muito custo, a FENASPS, o SINDISPREV-RS e os outros sindicatos filiados conseguiram que a categoria rejeitasse aquela proposta, o que forçou o governo a apresentar uma melhor.
Tivessem essas pessoas unido esforços com as entidades, buscado defender os interesses reais da categoria, com certeza teríamos obtido resultados ainda melhores. Esses mesmos senhores, em todas as oportunidades, se omitem diante de todos os problemas do INSS.
Tratar das condições e ritmos de trabalho, assédio moral e organização real dos trabalhadores não faz parte dos seus objetivos. O que querem é dividir a categoria e, prestando esse serviço ao governo, ascender aos cargos que almejam. Agora, quando criam-se condições para retomar a luta pelas 30 horas, voltam a carga e fazem coro com a administração, alardeando uma suposta proposta de 7 horas, que até o momento não foi apresentada à FENASPS, ao SINDISPREV-RS nem aos sindicatos da categoria.
7 HORAS É MELHOR QUE 8, ASSIM COMO 5 E 4 SÃO MELHORES QUE 6
De forma mentirosa, acusam a federação e os sindicatos de sabotar as 7 horas. A nossa posição é bem simples e categórica: consideramos 7 horas melhor que 8, assim como 5 e 4 são melhores que 6. No entanto, a decisão da categoria nos últimos 25 anos foi de exigir a regulamentação da carga horária do INSS e, portanto, da Carreira do Seguro Social em 30 horas.
Durante a greve do ano passado, em nenhum momento o governo, a administração do INSS ou as chefias apresentaram disposição para qualquer tipo de negociação.
Os que agora acusam a federação, o SINDISPREV-RS e os demais sindicatos não foram nas assembléias, nas plenárias nacionais ou ao Comando Nacional de Greve defender esta posição. A única coisa que sabem fazer é utilizar os recursos institucionais (e-mails, Pandion, Intraprev etc.) para mentir, apoiar o governo e dividir a categoria.
NEGOCIAÇÃO JÁ
A FENASPS, o SINDISPREV-RS e demais sindicatos estão dispostos a estabelecer imediatamente negociações com o Ministério da Previdência Social, com o INSS e com o governo em torno da carga horária, da incorporação da GDASS, das condições de trabalho, do plano de carreira e do mandado de injunção nº 880.
Mas negociar não significa abrir mão da nossa pauta de reivindicações. Nós queremos 30 horas e até agora a resposta do governo é 40. Buscamos a incorporação da GDASS ao salário, e a posição do governo é de que 70% dele seja variável. É essa posição intransigente que está sendo aplicada por eles ao conjunto da nossa pauta.
Convocamos a categoria a se mobilizar e, unida, lutar pelas nossas reivindicações.
CHEGA DE MENTIRAS!
Ao mesmo tempo, seguindo fiéis a prática transparente e democrática que norteia nosso movimento desde o início, exigimos que nos seja apresentado o documento em que o governo convoca a FENASPS e os sindicatos para retomar as negociações com o governo, o ministro da Previdência Social, José Pimentel e o presidente do INSS, Valdir Simão, bem como a apresentação da suposta proposta de 7 horas.
A força da nossa união será nossa vitória!