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Demissão do Presidente do INSS não resolve a crise e militarização segue nos planos

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            Após audiência sobre a crise do INSS que ocorreu na tarde de ontem com a Fenasps e a CNTSS, o então presidente do Instituto, Renato Vieira, foi demitido do cargo. Também no dia de ontem, 28 de janeiro, o governo divulgou a contratação de servidores aposentados do INSS para força-tarefa – mas sem jamais abrir mão dos militares da reserva.

Segundo Rogério Marinho, ministro do Trabalho e Previdência, foi o próprio Vieira que decidiu deixar a Presidência do INSS. Entretanto, informações apuradas em Brasília pelas entidades corroboram para a avaliação de que Renato Vieira foi desligado do cargo por não ter acordo com a contratação de militares.

Vieira, em outras ocasiões, posicionou-se contrário à contratação de pessoas fora do quadro de trabalhadores do Seguro Social. Agora, a Presidência do INSS estará nas mãos de Leonardo Rolim, atual secretário de Previdência do Ministério da Economia, que provavelmente está mais alinhado com o projeto de militarização do órgão.

Além disso, o governo precisava tomar uma atitude diante da crise do Instituto, visto que há cerca de 2 milhões de benefícios represados, e pelo menos 1,3 milhões deles está em espera há mais de 45 dias.

Contrariando os números citados por Vieira durante sua última reunião, o caos do INSS segue crescendo, à medida que as metas inatingíveis colocam os servidores em péssimas condições de trabalho e que o modelo de atendimento majoritariamente digital impede as pessoas de acessarem os benefícios e só aumenta as filas.

É preciso aliar medidas emergenciais a medidas estruturais para salvar o INSS. É preciso mudar o modelo de atendimento e realizar força-tarefa imediata com aposentados do Instituto, sem a contratação de militares, pois eles não realizarão os serviços qualificados e não contribuirão para redução das demandas. Convocação dos aprovados em 2015 já, e um novo concurso público para recompor a força de trabalho que se aposentou.


 

Foto: Fenasps.

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