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Deputado petista admite esforço da base de Tarso Genro para impedir votação de PEC que busca retomada de emprego de trabalhadores da saúde

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O deputado estadual Raul Pont (PT) admitiu a posição contrária do governo sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reintegraria centenas de profissionais da saúde em cargos em extinção no Estado. A proposta, que promove justiça com trabalhadores que se dedicaram mais de três décadas em hospitais e postos, não tem o apoio da base aliada de Tarso Genro na Assembléia Legislativa. “Os postos de trabalho estão sendo preenchidos por pessoas concursadas. Não vai gerar desemprego”, sentenciou Pont, sem perceber que desde março mais de 400 profissionais da saúde estão desempregados. Há um mês, o PT não dá acordo nas reuniões de líderes partidários para que a PEC possa ser apreciada em plenário.

No entanto, a demissão dos trabalhadores da Fugast, decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deixou desassistidos mais de 400 profissionais da saúde desde março. Muitos deles sobrevivem, hoje, com o apoio de familiares, amigos e doações de entidades. A demora na liberação do FGTS também agravou a vida dos trabalhadores nos últimos meses.
 
De acordo com Raul Pont, o governo do Estado encaminhará, na próxima semana, um projeto de lei para que rescisões e indenizações sejam pagas aos trabalhadores da Fugast. O projeto, que deverá chegar ao Parlamento em regime de urgência, pede autorização legislativa para os gastos não previstos no Orçamento. “É o mínimo que o governo poderia fazer, já que não apoiou a luta dos trabalhadores, que querem continuar prestando bons serviços em hospitais e postos com falta de servidores”, ressalta Dinara Del Rio, diretora do Sindisprev-RS.

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