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Dia do Trabalhador: muita luta pela frente!

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Brasil será o 14º país com maior taxa de desemprego do mundo em 2021.

Reconhecido no Brasil em 26 de setembro de 1924, o Dia do Trabalhador é uma data que, historicamente, representa uma grande conquista que, em nosso país, foi consolidada na da década de 1940.

No dia primeiro de maio de 1943, o Decreto de Lei nº 5.452, criou a Consolidação das Leis de Trabalho, a famosa CLT.

A CLT que foi destruída no governo Temer com uma promessa de modernização das relações de trabalho, resultou no que temos hoje. O Brasil deve tornar-se o 14º país com maior taxa de desemprego do mundo em 2021, após ficar em 22º lugar em 2020. Os dados são da agência de classificação de risco Austin Rating, que tem como base as novas projeções do Fundo Monetário Internacional ( FMI ) para a economia global.

O estudo mostra que a taxa de desemprego no Brasil deve subir para 14,5% este ano (em 2020, foi de 13,5%), caminhando na contramão da taxa média global. Para o mundo, a estimativa é de recuo para 8,7%, contra 9,3% no ano passado.

São 14,4 milhões de desempregados, de acordo com o último levantamento da Pnad Contínua. Os dados revelam que o Brasil possui 34 milhões de pessoas desocupadas e 6 milhões de desalentados, que são pessoas que não buscaram por emprego, mas que estão disponíveis e querem uma vaga no mercado de trabalho. Esse número é recorde desde o início da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios que iniciou em 1967.

A pandemia do coronavírus é um elemento importante, mas é responsável apenas pela aceleração desses números que vêm crescendo desde 2018.

É difícil imaginar uma retomada econômica em um cenário de catástrofe sanitária como o nosso. Bolsonaro enfrentará uma CPI no congresso que irá apurar sua responsabilidade no descontrole da pandemia que já vitimou 400 mil pessoas. Sem nenhum projeto de retomada econômica, Paulo Guedes e o presidente apostam em soluções absurdas na redução de despesas do governo. A Reforma Administrativa é um exemplo.

Os pacotes de reformas, desde reforma trabalhista, passando pela reforma da previdência, todas elas demonstraram que não foram capazes de contribuir para o desenvolvimento econômico e a retomada do pleno emprego. A Reforma Administrativa é apenas mais uma cartada liberal na destruição dos serviços públicos e que representa a desassistência da população, aumentando ainda mais os níveis de desigualdade social no Brasil.

A resposta para a crise está no abandono de ideias estúpidas como o Estado Mínimo, que só é mínimo para a população e máximo para conglomerados empresariais que se beneficiam com perdões fiscais dos cofres públicos.

Nos Estado Unidos, o presidente americano, Joe Biden surpreendeu nesta semana com um discurso em que pregou a criação de um sistema de saúde pública no país, aos moldes do SUS, afirmando que a saúde é um direito de todos e não um privilégio de poucos.

Biden tornou-se o mais novo “comunista” para os fanáticos da direita liberal brasileira ao falar da criação de um sistema de renda básica universal.

Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a União deverá implementar, a partir de 2022, um um programa de renda básica nacional. Por sete votos favoráveis e quatro contrários, a suprema corte diz que o benefício deverá abranger toda população que esteja em situação de extrema pobreza, com renda pessoal inferior a R$ 178 mensal. A decisão foi tomada em ação apresentada pela Defensoria Pública da União (DPU) que afirmou que, passados mais de 17 anos da promulgação da lei que criou o Programa Renda Básica de Cidadania, o Poder Executivo ainda não havia regulamentado o benefício.

Voltando aos Estados Unidos, o presidente norte-americano revelou que dará início ao maior medo dos bilionários brasileiros desde 1988: a taxação de grandes fortunas.

Há três décadas, a nossa Constituição prevê que grandes fortunas sejam taxadas para haver equilíbrio de pagamento de impostos entre os super-ricos e a classe média brasileira, que a propósito, reduziu 34% no último ano. As projeções apontam que pessoas da Classe C devem ter uma redução de 3% de sua renda.

O número de pessoas com diploma de ensino superior atuando em atividades que não têm a ver com sua formação, cresceu vertiginosamente. Em contraponto ao aumento da miséria no Brasil, 2021 estreou com mais 10 novos bilionários, pessoas que lucram com a crise, com a fome e com a morte.

A crise do coronavírus mostrou ao mundo que a economia não é sustentada por meia dúzia de empresários e suas indústrias, não.

A crise econômica causada pela paralisação do trabalho, mostrou a importância da trabalhadora e do trabalhador. O dinheiro circula quando há trabalho e só há trabalho quando existe emprego, renda e mão de obra, essa última representada por todos nós, trabalhadores em empresas privadas e do serviço público.

Sem a massa de trabalhadores, o sistema econômico entra em colapso e aqui está: Precisamos ter consciência da força do trabalhador. Somos nós que movemos as engrenagens da vida que todos nós conhecemos e não os banqueiros, os CEO’s, os acionistas ou os governantes. Somos nós, o povo trabalhador.

Precisamos nos unir para enfrentarmos a crise econômica e sanitária. Em nosso país, temos de exigir a vacinação em massa, pois sem segurança para exercermos nossos ofícios, não há como retornarmos aos postos de trabalho. Temos de exigir do governo que se comprometa com a retomada da economia olhando para a classe trabalhadora e não para criação de medidas que beneficiam setores da sociedade que nada produzem e que vivem da exploração de todos nós.

Que neste dia do trabalhador, nossa comemoração seja na luta!

A mobilização é o instrumento pelo qual poderemos superar a tragédia causada pela irresponsabilidade do governo Bolsonaro. Que em 2022, possamos dar uma resposta definitiva nas urnas, pelo fim da exploração da classe trabalhadora, pela diminuição das desigualdades sociais, pela defesa do SUS e dos serviços públicos que garantem a dignidade de cada brasileira e de cada brasileiro.

Vamos para luta, trabalhador, sejamos orgulhosos de nossos ofícios e conscientes do nosso protagonismo no avanço da sociedade.

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