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Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha: Lutar e Resistir

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    Dia 25 de julho é um marco internacional da luta e da resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vividos até hoje. No Brasil, celebramos também o dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que se destacou pela resistência à escravidão das comunidades negra e indígena. A data é importante para não esquecermos o que mulheres negras passaram e para que possamos questionar o que ainda se passa numa realidade interseccionada pela classe social, raça/etnia, gênero e sexualidade numa perspectiva de caminhar rumo ao fim da exploração e da opressão que permeia a vida das mulheres afro-latino-americanas e caribenhas.

    Se antes da pandemia a situação era problemática, agora, com o agravamento desta e do elevado número de casos de infecção e mortes, vemos a vulnerabilização das situações que envolvem mulheres negras ainda mais escancaradas. No tocante ao Brasil, país de periferia do capitalismo mundial, cuja formação é atravessada pelo racismo e pelo patriarcado imbricados, percebemos que o processo colonial, ainda que circunscrito na lógica do Capital, segue presente em toda dinâmica de vida em sociedade; e, assim, perpassa diretamente pelo campo do trabalho.

    Na pandemia, o isolamento social foi um ambiente propício para maior incidência de violência doméstica: física, psicológica e patrimonial. Nessa incidência, há uma política de invisibilizar essas vítimas por parte do Estado, com ocultação de dados de raça/etnia, orientação sexual e identidade de gênero. Somado a isso, devido a fatores sanitários, a dificuldade para novos registros de boletins de ocorrência fez com que as notificações de violências domésticas diminuíssem drasticamente, ao mesmo passo em que, os números concretos de violência venham crescendo cada vez mais. Manter-se forte diante dessa realidade é uma necessidade e um desafio para as mulheres, em especial as negras.

    No trabalho presencial, as mulheres negras são muito exigidas, quando na linha de trabalho remoto, elas vêm desempenhando papel central e, com isso, acabam tendo de aguentar uma grande sobrecarga e desvalorização, gerando fluxos que, quando associados às duplas e triplas jornadas de mães, esposas, donas de casa e trabalhadoras, podem culminar em processos de esgotamento, como é o Burnout. Nesse sentido, importa muito a qualificação de profissionais para atendimento humanizado e que compreenda os matizes da saúde mental da população negra.

    Neste 25 de julho retomamos que a organização das mulheres negras enquanto trabalhadoras é essencial para frear ataques e avançar rumo a novas conquistas. Não somos heroínas, somos resilientes e exigimos nossos direitos. Nossas vidas importam! Viva a luta das mulheres negras latino-americanase caribenhas!

 

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    Ainda nessa nessa semana, te convidamos pra uma roda de conversa com o tema da pandemia e os desafios da mulher afro-latino-americana e caribenha: lutas e resistências.
Contaremos a presença da assistente social Loiva de Oliveira.

Vai ser dia 28 de julho (quarta-feira) às 15h, via link https://meet.google.com/niw-gvuq-awn.

Contamos com sua presença!

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