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Epidemias expõem incompetência do governo

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Nos últimos vinte anos, os sucessivos governos deixaram de lado os investimentos em saúde pública, incluindo-se aí a saúde de prevenção, que era atribuição da SUCAM, hoje FUNASA  

Todos lembram das lutas capitaneadas pela FENASPS para que houvesse melhor atenção à saúde e que ocorressem investimentos em recursos humanos para o combate efetivo às endemias. Nossos gritos ecoavam pelo país e não encontraram ressonância, nada fizeram para evitar que as endemias como a dengue e agora, a Febre Amarela voltassem com força total vitimando brasileiros inocentes e expondo a incompetência do governo federal em administrar a saúde no país.

A descentralização da FUNASA, por parte de Fernando Henrique, em 2002, foi mais um crime de lesa-pátria do príncipe neoliberal. A esperança de que Lula revertesse o quadro foi logo dissipada com a Reforma da Previdência, quando os petistas de plantão, muitos dos quais se envolveram no Mensalão, expulsaram políticos que apoiavam às reivindicações dos servidores públicos, incluindo-se aí os trabalhadores da Seguridade Social. 

A própria imprensa sempre tratou da questão da FUNASA com descaso e fomos incansáveis em avisar que, da forma como estava, a política de combate às endemias estava expondo as mazelas do setor, com a volta de doenças já controladas, como Tuberculose, Dengue, Malária e Febre Amarela.  A falta de investimentos no setor é a grande responsável pelo caos na saúde instalado no país.

Vir a público e dizer que a derrota da CPMF determinou esse estado de coisa é acreditar em bicho-papão ou pensar que não há vida inteligente fora das hostes governamentais. Há anos que estamos de pires na mão suplicando investimentos e contratação de novos agentes de saúde e guardas de endemias. Certamente que, se fossemos ouvidos, não estaríamos passando por isso, mortes provocadas pela Dengue e Febre Amarela. Nos últimos cinco anos ouve-se falar, a todo o instante, na extinção da FUNSA. E agora, ainda vão falar em extinção ou retirada da Indenização de Campo?

Esperamos que, diante desde quadro caótico na saúde pública, o governo federal possa dar maior e melhor atenção aos problemas do setor e investir não só em equipamentos, mas também na mão-de-obra, promovendo, em regime de urgência, Concurso Público para provimento de vagas na FUNASA e também a transformação da Indenização de Campo em Gratificação.

Vamos exigir que o governo recomponha imediatamente a mesa de negociações e que passe a ouvir os problemas e sugestões dos trabalhadores da FUNASA, que conhecem a fundo os problemas das endemias e sabem como combatê-las com eficácia, mas para isso, o governo deve fazer a sua parte que e valorizar os servidores e investir na infra-estrutura de prevenção.


Fonte: Fenasps

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