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FUGAST: governo não estabelece calendário para pagamento das rescisões

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Em reunião com os trabalhadores demitidos da Fundação Universitária de Gastroenteorologia (Fugast) no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, na tarde desta segunda-feira (12), assessores da Casa Civil e Fazenda não garantiram o pagamento das rescisões a que têm direito os ex-funcionários de hospitais do Estado e município de Porto Alegre. O governo argumenta que não há calendário definido para a liberação das verbas. No entanto, reiterou que o pagamento será feito dos menores para os maiores salários.

Quanto ao critério da retirada da Ação Judicial para poder receber a rescisão, a Casa Civil deixou dúvidas nos representantes do Sindisprev-RS e outros dirigentes sindicais. A Casa Civil disse que abre mão do critério acima, mas o trabalhador que continuar com Ação em curso contra o Estado vai passar para o final da fila de pagamento.
 
“O governo troca seis por meia-dúzia ao continuar estabelecendo o critério discriminatório de que o trabalhador que manter a Ação será penalizado, mesmo que este seja de nível médio e recebesse salários menores. Nós exigimos um cronograma de pagamento para os quase 500 técnicos, enfermeiros, farmacêuticos, médicos e trabalhadores de outras categorias que foram colocados para a rua”, reitera Joel Soares, diretor do Sindisprev-RS.
 
A Casa Civil não garantiu que a totalidade do pagamento das rescisões ocorra neste ano, pois depende da adesão dos trabalhadores e de fluxo de caixa da Secretaria da Fazenda. Os funcionários demitidos da Fugast foram desligados de hospitais públicos em março, quando encerrou o contrato com o Estado. Uma lei aprovada no parlamento, em junho, autorizando o pagamento das rescisões, ainda não foi regulamentada. O Palácio Piratini disse que vai cumprir o prazo de 90 dias após a publicação da Lei para começar a agilizar a liberação de recursos.
 
“É desumano o que esse governo, preocupado apenas em conceder benefícios vultuosos para grandes empresas, está fazendo com a vida dos trabalhadores. Há casos, e isso relatamos à Casa Civil, de pessoas que perderam seus apartamentos porque esperam há três meses o pagamento das rescisões. É lamentável esse jeitinho de sempre de governar”, disse Dinara Del Rio, diretora do Sindisprev-RS.
 
Nesta terça-feira (13), no Sindisprev-RS, os trabalhadores demitidos da Fugast realizam uma assembleia-geral.

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