Não bastaram a mobilização das entidades, as denúncias dos riscos de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, as defesas da previdência pública e do Estado Brasileiro, o governo aprovou na Comissão de Trabalho, Administração do serviço Público o PL 1992/2007.
Ontem Brasília acordou com 30 mil pessoas, entre servidores públicos e organizações sociais que estavam denunciando as mazelas do atual governo. Na CTASP, foram horas de debate, das 10h às 14:30, com plenário lotado. Mas não foi suficiente para vencermos o lobby das instituições financeiras, que almejam esse "filé" que, segundo os idealizadores, será o maior fundo de pensão da América Latina. A Argentina almejava o mesmo e as previsões não se configuraram. Deu no que deu. O projeto brasileiro impõe a gestão terceirizada da carteira, que será gerida por instituições financeiras privadas, não pelos servidores públicos, como faz a PreviPetros e outros fundos sérios.
Perdemos a votação do PL 1992 foram 14 votos a favor do substitutivo do relator contra 7 votos de Deputados que defenderam, com unhas e dentes, o Estado brasileiro e as carreiras públicas. Ontem, o Ministro da Previdência Social convidou os parlamentares da CTASP para um almoço e hoje foi esse o resultado.
Bom, o dia foi desgastante, com uma derrota dolorosa, mas não vamos desistir. Vamos qualificar o debate na CSSF, CFT e CCJ, isso se o governo não vier com uma manobra de avocar para o Plenário e dar um golpe nas Comissões.
Esta é a realidade do nosso País.
Por: Ana Lago – diretora do Sindisprev-RS