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GREVE: Tarso sai pelos fundos e não recebe trabalhadores da Saúde

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O governador Tarso Genro silenciou e deixou o Palácio Piratini pela porta dos fundos quando percebeu a presença de dezenas de trabalhadores da Saúde em greve, na tarde desta quarta-feira (23). Repreendidos por policiais militares na entrada do palácio do governo, os funcionários da Fundação de Gastroenterologia só pediam uma audiência com o petista. Assim como vem ocorrendo desde a vitória da eleição, Tarso virou as costas e colocou assessores para conversar com o Comando de Greve.

“Não posso criar a ilusão de que uma reunião com o governador vai resolver o problema”, disse Milton Viário, da Assessoria Superior do governo. No entanto, nesta tarde, Tarso Genro recebeu o Cônsul da Itália e empresários, que conseguiram reduzir o índice de reajuste do mínimo regional proposto pelas centrais sindicais. “O governador se elegeu com o voto do povo, que, agora, por causa dele, fica sem atendimento em pelo menos uma dezena de postos de saúde, hospitais, Farmácia do Estado e outros órgãos”, disse uma trabalhadora da Saúde.
 
Trabalhadores do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, Posto Murialdo, Sanatório Partenon, Hospital São Pedro, Centro Administrativo, Escola de Saúde, Colônia Itapuã e de outras unidades participaram do ato. “Os trabalhadores querem ser integrados à Secretaria da Saúde, pois há 15 anos se dedicam integralmente ao atendimento público de qualidade. Não estamos aqui pedindo aumento ou um cargo no governo”, reivindicou Joel Soares. O diretor do Sindisprev-RS lembrou do projeto de lei de Tarso Genro sobre a criação de novos 700 CCs e Funções Gratificadas, que vão gerar despesas de R$ 30 milhões. “Ao invés de valorizar o funcionalismo e chamar concursos públicos, o ‘rei’ quer agraciar a companheirada”, disse o dirigente.
 
A greve dos quase 500 trabalhadores da Fugast deflagrada nesta tarde é por tempo indeterminado. Uma Proposta de Emenda Constitucional começa a tramitar na Assembléia Legislativa e pretende garantir a manutenção dos funcionários da Saúde até que eles se aposentem. Em 2010, o STF decidiu pela devolução dos trabalhadores à Fugast por conta de irregularidades no convênio entre Estado e fundação. Na manhã desta quinta-feira (24), o Comando de Greve se reúne para definir futuras ações junto ao Parlamento, Ministério Público e Executivo.
 
Fotos: Flávia Alli

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