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Hospital Presidente Vargas vai fechar as portas com demissões na Fugast

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A demissão de 245 trabalhadores da saúde contratados pela Fundação Riograndense Universitária de Gastroenterologia (Fugast) vai fechar o Hospital Presidente Vargas (HPV) e ameaça, ainda, comprometer o atendimento em outras instituições, como Hospital Psiquiátrico São Pedro, Posto Murialdo, Hemocentro e Colônia Itapuã.
 
Desde 2006, uma liminar garantia a continuidade dos serviços terceirizados. No entanto, no último dia 15 de setembro, transitou em julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) o processo que determina a demissão de enfermeiros, técnicos, médicos, anestesistas e funcionários administrativos. A Justiça deu prazo de 6 meses para que os trabalhadores em saúde sejam demitidos da Fugast e, por conseqüência, deixem o HPV.
 
“Quando eu entrei para a fundação, em 1995, o Hospital Presidente Vargas estava quase fechando as portas. A situação hoje é bem parecida. A prefeitura de Porto Alegre, que desde 2000 administra o hospital, não terá como repor estas perdas”, alerta Estela Feijó, auxiliar de enfermagem. Paulo Monteiro, técnico em enfermagem, acredita que deve haver uma mobilização da sociedade para que trabalhadores e população não sejam lesados. “Na UTI Neonatal, por exemplo, a maioria dos funcionários é contratada pela Fugast. Esse setor vai fechar as portas. É inadmissível o silêncio dos governos municipal e estadual frente a esse quadro”, ressaltou.
 
A contratação da Fugast ocorreu em 1995. “A maioria dos funcionários do HPV não é do município nem federal, mas sim da Fugast. O quadro funcional tem garantido, ao longo de 15 anos, o atendimento público e de qualidade na área da saúde à população usuária do hospital. O que está em jogo é a garantia de atendimento público a milhares de homens, mulheres e crianças. Temos que reverter, de alguma forma, essa decisão arbitrária do judiciário”, diz Dinara Del Rio, Diretora do Sindisprev-RS.
 
Na tarde desta quinta-feira (23), o Sindisprev-RS reuniu trabalhadores do HPV e representantes do Sindicato Médico do Estado. Nesta sexta-feira (24), os trabalhadores da Fugast participam do Ato Público dos servidores do Grupo Hospitalar Conceição, que voltam a se mobilizar denunciando que a direção do hospital abriu, por meio de macas, vagas em quartos já superlotados para dar a impressão de que a emergência está com a situação normalizada.
 

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