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Igualdades racial e social esquentaram Painel de Gênero e Raça

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O Painel Gênero e Raça, realizado XIII Congresso do Sindisprev-RS, na manhã desse domingo (26), levantou questões que estão presentes diariamente na sociedade e que aparecem como preconceito velado. Uma delas é o tratamento dado a negros e pessoas com menor poder econômico dentro do serviço público, seja esta pessoa servidora pública, paciente ou segurado.

“O Estatuto da Igualdade Racial é um avanço e sinônimo de justiça histórica. No entanto, o fim das cotas traz à tona, novamente, o preconceito contra os alunos negros, índios e pobres beneficiados anteriormente. As cotas foram importantes para uma nova discussão acerca da opressão exercida contra a classe trabalhadora”, disse Tusilé Soares, coordenadora do Movimento Internacional de Meninas Feministas.

Militante do Movimento Negro, Jaime Ferreira, descendente de quilombolas do município de Estrela, lembrou o massacre por exploradores europeus em tribos de países africanos há mais de 450 anos. “Escravismo, tortura, estupro e homicídio são crimes que não prescrevem. Por isso, o governo brasileiro, que ao longo dos séculos é comandado por uma minoria feudal, tem dívida com o povo negro. Os crimes hediondos ainda estão aí para serem indenizados”, lembrou.

Coordenadora de Comunicação do Movimento Negro Unificado, professora e acadêmica em Ciências Políticas, Maria Geneci Silveira desenvolve um trabalho de saúde da população negra em Caxias do Sul. “Temos relatos de mulheres pobres e negras que não tiveram direito à episiotomia por puro preconceito. Isso precisa ser denunciado ao Ministério Público”, disse. O Painel Gênero e Raça foi dedicado à memória da colega e militante Isabel Cristina.

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