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Infográfico mostra quem financia as campanhas de Dilma, Marina e Aécio

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Independente de quem sair vencedor das urnas no próximo domingo –ou num segundo turno em 26 de outubro – a vitória já tem dono. Ou melhor, donos. Os mesmos de sempre. JBS Friboi, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Bradesco, Odebrecht, OAS, Itaú, Camargo Correia e afins.

Levantamento da revista "Congresso em Foco" a partir de dados do TSE mostrou que a eleição deste ano é a mais cara da história do país. A estimativa de gastos das candidaturas em todos os níveis supera R$ 71 bilhões.

São tantos zeros que pode até confundir. O valor corresponde a mais de duas vezes o que foi gasto na Copa do Mundo. Ou a seis anos de pagamento do Bolsa Família. Ou ainda a mais de 1 milhão de moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida.

E estamos falando apenas da previsão de gastos oficiais e contabilizados. Não inclui o bom e velho caixa dois, cujo papel nas campanhas eleitorais brasileiras é de conhecimento até mesmo da velhinha de Taubaté.

Em nosso sistema político, que consagra o financiamento privado de campanha, quem financia estes valores bilionários são as grandes empresas. O destaque cabe sempre às empreiteiras, construtoras e incorporadoras. O setor da construção sempre foi muito generoso com os partidos e candidatos. Na parcial do primeiro mês de campanha neste ano, dos dez maiores financiadores, cinco são empreiteiras. São também as maiores financiadoras dos partidos, mesmo fora dos anos eleitorais. De 2010 a 2013 foram transferidos R$374 milhões das empreiteiras ao caixa dos partidos políticos.

É um investimento com retorno seguro. Tanto do ponto de vista econômico quanto político. Se o fiel doador, com seu dízimo, garante o paraíso no céu, o doador de campanhas eleitorais garante o paraíso na Terra, aqui e agora.

Para medir a rentabilidade do investimento, o exemplo da JBS Friboi é emblemático. Atualmente é a líder da lista de doadores, com R$52 milhões investidos só no primeiro mês da campanha. R$52 milhões parece muito dinheiro. Mas não é nada perto dos R$2,1 bilhões que a Friboi recebeu de empréstimos do BNDES até 2013, menos ainda perto dos R$8,5 bilhões injetados em papéis da empresa por esse mesmo banco público.

O retorno das grandes empreiteiras através de contratos com o poder público ou com empresas estatais é também estrondoso. Neste caso, ainda que no âmbito municipal de São Paulo, vale a pena consultar o estudo disponível nesta página, que relaciona o financiamento de campanha das empreiteiras com a execução de obras públicas.

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