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Kit Covid: Prefeito de Porto Alegre permite uso de medicamentos sem comprovação científica

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Negacionismo de Melo não se restringe a abertura total e irrestrita do comércio, mas também abona um tratamento ineficaz.

 

Sebastião Melo, eleito na última eleição, segue a mesma linha de seu antecessor, Marchezan Júnior, ao ignorar o Conselho Municipal de Saúde e garantir que haverá a distribuição gratuita de medicamentos para um “tratamento precoce” da COVID-19 na capital gaúcha.

Melo tomou uma decisão autocrática, desrespeitando a Lei Federal n° 8.142/90 e a Lei complementar n° 2.779/90 do município de Porto Alegre que dispõe sobre o Conselho Municipal de Saúde como instância deliberativa, de planejamento, fiscalização e avaliação do Sistema Único de Saúde do Município. 

O Kit COVID é composto de medicamentos como ivermectina, azitromicina e hidroxicloroquina, todos sem qualquer eficácia comprovada contra a Covid-19.

Para ter acesso ao tratamento, o paciente deve declarar que por livre iniciativa aceita assumir os riscos informados, mesmo o documento informando que tal medicamento não tem evidências de eficácia comprovada contra o Covid-19.

“Contra todas as autoridades da ciência, o prefeito Mello, ratifica a orientação da gestão anterior, do uso de medicamentos sem comprovação científica e vai além, joga para a população a responsabilidade de uso destas medicações”,afirma Sandra Natividade, diretor da secretaria de trabalhadores do SUS do SindisprevRS.

O SindisprevRS é contrário ao uso demagógico e político de soluções populistas para a pandemia. Como um sindicato de Saúde e que representa os trabalhadores da Anvisa, nosso posicionamento é de que os medicamentos dispostos neste kit devem seguir a orientação de uso, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para as doenças às quais são destinados, o que exclui definitivamente o tratamento precoce da doença causada pelo coronavírus, a COVID-19.

“Estamos de olho e continuaremos denunciando esses absurdos. Exigimos compromisso da gestão Melo, a apresentação consistente de um plano municipal de vacinação e um plano para adquirir os imunizantes, uma vez que o governo federal não cumpra suas responsabilidades com a população”, concluiu Sandra.

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