Em apenas 15 dias, desde a reabertura do Instituto, o Rio Grande do Sul registra o segundo caso em uma APS. Após seis meses fechadas, as agências do INSS reabriram em 14 de setembro. Os servidores que estavam em teletrabalho retornaram às atividades presenciais e em duas semanas, dois trabalhadores já estão infectados pelo coronavírus.
As agências haviam fechado em 23 de março, início da pandemia, justamente por serem locais onde a contaminação se daria rapidamente por conta do alto volume de pessoas no grupo de risco que transitam nas APS todos os dias. Os médicos peritos, que não são subordinados ao INSS, se recusam a retornar por conta das condições precárias das agências, colocando em risco a população e os demais trabalhadores do Instituto.
Na semana passada o SindisprevRS denunciou o primeiro caso apurado pela entidade em uma agência da Gerência Executiva de Novo Hamburgo (GEX-NH), agora um novo caso de servidor contaminado chega até nós.
Sob pressão do governo federal, o INSS reabriu sem tomar nenhuma medida de prevenção. A agência de Canoas, até semana passada, não contava com termômetro. Em Pelotas a agência recebeu 100 máscaras de proteção, mas elas não são suficientes para o número de servidores e para a quantidade de trocas necessárias durante o expediente. Uma vez úmida, elas perdem o efeito de proteção.
Na GEX Novo Hamburgo, o servidor contaminado fazia a triagem de quem entraria no prédio do INSS sem ter recebido capacitação, agora está afastado de suas atividades. O SindisprevRS continua fazendo seu trabalho de fiscalizar as situações nos locais de trabalho e dar apoio aos servidores. A orientação é que os trabalhadores se mantenham em teletrabalho até que protocolos de segurança sanitária sejam implementados e que a pandemia esteja sob controle.