Os servidores de agências da Previdência Social em todo o Rio Grande do Sul protagonizaram, mais uma vez, um protesto responsável e respeitoso à população. Do “lixo” que é a maioria das agências, pela falta de estrutura e condições de trabalho, os trabalhadores fizeram um espaço de informação sobre a real situação do serviço público oferecido pelo governo.
Com bonecos e cartazes informativos, a população foi alertada para a falta de centenas de servidores em APS espalhadas pelo Estado. Essa realidade é fato em todo o país, mas no Rio Grande do Sul chegou a números absurdos. O problema, que se arrasta por sucessivas administrações, não se refere apenas à falta de concurso público, mas ao adoecimento de trabalhadores que estão sobrecarregados. A categoria, assim com outros setores, reivindica o cumprimento da legislação que garante a jornada semanal de 30 horas.
No prédio do IPASE, no centro de Porto Alegre, os servidores colocaram bonecos em espaços dentro e fora do prédio. Os trabalhadores vestiram preto para demonstrar o luto com o descaso e para se sensibilizar com a população que leva meses para conseguir marcar perícia médica ou solicitação de benefício. A manifestação se repetiu em inúmeras agências espalhadas por Porto Alegre e Estado.
Para o diretor do Sindisprev-RS, Giuseppe Finco, o governo federal, que é o continuísmo dos últimos oito anos, não tem mais espaço para ludibriar a categoria e o povo. “A mobilização de hoje, assim como a vigília e outras manifestações feitas pelos servidores, demonstram um grau de descontentamento que, com certeza, culminará numa paralisação se não atendidas as reivindicações, imediatamente. Fomos chamados para um Grupo de Trabalho junto ao governo, mas nenhuma garantia nos foi dada acerca do atendimento a direitos históricos. O desrespeito está passando dos limites”.
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