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Movimentos sociais e sindicais defendem união para seguir lutas pelo Brasil

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Centenas de pessoas participaram de debate sobre criminalização


Centenas de pessoas – dentre militantes sociais e sindicais – participaram de um debate sobre a criminalização dos movimentos sociais e sindicais na esteira das mobilizações de junho de 2013. O encontro ocorreu na Faculdade de Educação (Ufrgs), em Porto Alegre, sexta-feira (25). Os últimos episódios de repressão por parte do Estado às manifestações, especialmente as que questionaram os gastos e remoções com a Copa do Mundo, foram estopim para que se realizasse um debate de alto nível e de proposições que restabeleça as forças que protagonizaram os protestos de junho do ano passado.

Representando os metroviários de São Paulo, Paulo Pasin (presidente da Fenametro) lembrou da arbitrariedade do governo de Geraldo Alckmin, que demitiu mais de 40 metroviários após greve que se estendeu por junho desse ano. Pasin reiterou que as forças de esquerda precisam reforçar o diálogo para garantir, na luta, que nenhum direito da classe trabalhadora seja reprimido, reforçando a necessidade de cobrar nas ruas as bandeiras alçadas em junho de 2014: educação, transporte 100% público, saúde, emprego e moradia.

Já o advogado Onir Araújo, que defende as comunidades Quilombolas, lembrou que, diariamente, o povo negro, especialmente a juventude, sobre com a criminalização. “Só em Porto Alegre, no Presídio Central, 40% dos presos são negros”, disse. Onir lembrou que 30 mil negros são mortos, geralmente pela polícia, por ano no Brasil.

Para o servidor público municipalizado Joel Soares, diretor do Sindisprev-RS, é imprescindível que os movimentos sociais e sindicais se unam para enfrentar os desmandos da elite comandada pelos governos municipal, estadual e federal. O debate teve a participação de Elisa Torelly como mediadora e da advogada Marilinda Fernandes, que tratou, além de outros temas, das afrontas ao Estado Democrático de Direito promovidas contra as pessoas que buscam se mobilizar em busca de seus direitos. No encontro foi criado o Comitê de Apoio às Lutas e Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais.

 

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