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MP é acionado pelo Comitê de Combate à Tortura sobre denúncia de quilombolas contra brigadianos

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O Ministério Público (MP) foi acionado pelo Comitê Contra a Tortura do RS sobre as agressões feitas por policiais militares em descendentes de escravos no Quilombo Silva, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. O MP agora vai investigar a conduta de soldados do 11º BPM, que, nos dias 23 e 24 de agosto, na última semana, invadiram a área onde fica o primeiro Quilombo Urbano titulado e reconhecido pelo governo brasileiro.

 
Semana passada, os descendentes de escravos teriam sido vítimas de tortura. Um jovem negro de 18 anos que voltava do quartel, onde presta Serviço Militar Obrigatório, foi abordado pelos policiais e algemado em via pública, na Avenida Nilo Peçanha, onde permaneceu por quase uma hora até se identificar. Em outro caso, um morador do quilombo teve a casa invadida por Pms fardados e discretos. O trabalhador foi levado a um posto da BM, onde ficou durante uma hora algemado e de joelhos em uma sala. “Os policiais militares podem ser denunciados pelo Ministério Público, caso sejam comprovadas as denúncias. Gravamos o relato dos moradores e estamos encaminhando à promotoria e outros órgãos públicos”, explicou, nesta quarta-feira (01), Cynthia Jappur, promotora de Justiça e coordenadora do Comitê gaúcho contra a Tortura.
 
O comitê vai ouvir, ainda, os Pms envolvidos. Nessa terça-feira, o comando do 11º BPM abriu sindicância para apurar a conduta dos soldados após a denúncia ser veiculada no site do SINDISPREV-RS pela Secretaria de Gênero e Combate à Discriminação Racial do sindicato e pelo Movimento Negro Unificado.

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