Os trabalhadores municipários de Porto Alegre fizeram uma paralisação nesta terça-feira, em torno da campanha salarial, exigindo o reajuste de 15% (perdas salariais e inflação anual), fim das terceirizações e pivatização do DMLU e 30 horas para todos na saúde.
Os governos que tem injetado bilhões de reais nas obras da Copa do Mundo e Olimpíadas tem implementado suas políticas de benefício à burguesia às custas da sociedade: em Porto Alegre são 10 mil famílias expropriadas de suas casas sob a desculpa da “remoção”; as privatizações da saúde e do ensino público que vem cada vez mais precarizando os direitos básicos sociais, bem como arrochando os salários dos servidores e trabalhadores, e retirando seus direitos históricos conquistados.
O descaso do prefeito Fortunati em trono da questão da saúde ambiental, com verdadeiros lixões a céu aberto na cidade, com risco de proliferação de doenças por insetos e ratos, e a contaminação à população, também é a luta dos operários do DMLU de Porto Alegre, bem como a reivindicação por melhores salários, condições de trabalho e fim do assédio moral.
Os trabalhadores da saúde municipários estiveram na paralisação e manifestação na Câmara de Vereadores da capital gaúcha denunciando a crise e a privatização do setor que tem levado o atendimento público da saúde a total precarização pelos governos municipal, estadual e federal.
Os servidores municipais da educação também denunciaram as mesmas situações ocorridas nos demais setores. Para a professora Tzusy Estivalet, somente com a unidade de todos os servidores públicos conseguiremos fazer um grande enfrentamento aos ataques dos governos que tem sido o mesmo em todas as esferas do poder público. “A terceirização das escolas tem aberto o repasse do dinheiro público a ONGS, em vez da criação de escolas de educação infantil”, diz a professora.
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METROVIÁRIOS
Os trabalhadores metroviários de Porto Alegre, paralisaram 100% suas atividades na ultima segunda-feira (21). Pedindo reajuste salarial de 21,5%, os trabalhadores do metrô ainda esperam por negociação. O descaso do governo em relação ao transporte do metrô na região metropolitana se reflete no sucateamento do mesmo, nas péssimas condições de trabalho que tem como efeito o aumento da possibilidade de danos e acidentes na malha metroviária.