25 DE JULHO – Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha –
Neste 25 de julho, data em que se comemora o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Sindisprev-RS realizou um seminário para debater a violência contra as mulheres. A secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, falou para dezenas de mulheres sobre as políticas que precisam ser implementadas pelos governos para que sejam reduzidos os índices de violência doméstica. Esse mal, que ainda perdura na sociedade brasileira, atinge principalmente as mulheres negras, segundo a palestrante.
“Elas estão vulneráveis por conta, principalmente, da condição financeira. No entanto, é preciso denunciar qualquer tipo de agressão que se sofra, em casa ou na rua”, disse Márcia Santana. A secretária e os participantes apontaram a necessidade urgente da criação de mais Casas Abrigos, de um Centro de Referência qualificado para o atendimento das vítimas, bem como de uma especialização das delegacias de polícia no Rio Grande do Sul.
“Precisamos trabalhar os homens dentro do seio familiar, na mais tenra idade. Pois, as relações familiares têm papel importantíssimo para que coloquemos no mundo cidadãos”, frisou Jaime Ferreira, diretor de Gênero e Combate à Discriminação Racial do Sindisprev-RS. O seminário também debateu a falta de oportunidades para as mulheres em áreas fundamentais, como Saúde, Mercado de Trabalho e Educação. A mesa do seminário foi composta pelas diretoras Silvia Vieira e Nilza Ramos.
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As mulheres negras tiveram um papel fundamental na construção da sociedade brasileira e a essa contribuição nem sempre é dado o merecido destaque. O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é uma data de reflexão das conquistas realizadas e do que ainda deve ser feito para que o protagonismo dessas mulheres guerreiras, das mais diversas áreas, seja reconhecido.
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha marca a presença e a valorização da cultura africana. “A proposta de divulgar a data é para que as mulheres negras reconheçam o seu papel na perspectiva do empoderamento e da valorização pessoal”, explica a psicóloga Maria Luisa Pereira de Oliveira, com mestrado em Saúde Coletiva, integrante da ONG Maria Mulher e Secretária Adjunta da Rede Feminista de Saúde.
Em 1992, mulheres de mais de 70 países participaram de um grande evento na República Dominicana que representou a luta pelo empoderamento e a valorização das mulheres negras fora da África. “O que une as mulheres desses países são as questões de racismo e sexismo que tornam as mulheres negras vulneráveis”, disse Maria Luisa.
É importante que as conquistas das mulheres sejam reconhecidas, pois essas guerreiras sempre foram protagonistas na luta contra as desigualdades que existiram em diferentes momentos ao longo da história.
Fonte: Jornal BAOBÁ
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