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Os verdadeiros parasitas do país não são os servidores públicos

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                Na última sexta-feira, 07 de fevereiro, o ministro da economia Paulo Guedes, em um discurso na FGV, comparou os servidores públicos a parasitas. É com indignação e repúdio que recebemos tal declaração vinda de uma figura que vive do capital financeiro e da exploração do Estado brasileiro através de seus bancos e fundos de investimentos.

                A relação dos banqueiros (como Guedes), com o país, é danosa à população, pois vivem dos juros bilionários da dívida pública e ainda usufruem de incentivos fiscais que corroem a economia do país. Em troca, retornam para a população a 2ª maior taxa de juros do mundo, como em financiamentos e cartão de crédito, por exemplo, e baixíssimos investimentos no capital produtivo, limitando-se, basicamente, na exploração do capital especulativo. É uma relação sem reciprocidade, clássica de uma relação parasitária.

                Os servidores públicos do Seguro e Seguridade Social, assim como os demais funcionários públicos do país, dedicam rotineiramente horas de suas vidas e trabalho a fim de atender as camadas mais necessitadas da população, através dos serviços de saúde, trabalho e previdência social, e sua relação com o Estado nada tem a ver com uma relação parasitária. É uma relação mutualística, na qual os servidores trabalham em prol do país e da população e em troca têm seu sustento e dignidade.

                Direitos não são privilégios e todos os direitos conquistados pelos trabalhadores do serviço público vieram com muita luta e provam a importância e qualidade das atividades que exercemos. A população é contra a estabilidade funcional porque é mal informada sobre sua real utilidade como proteção do serviço público contra os desmandos de administradores públicos e políticos corruptos e é fruto de anos da deseducação que o povo brasileiro vêm sofrendo, na qual são incitados contra os direitos do funcionalismo e desincentivados e buscar seus próprios direitos e melhores condições de trabalho.

                Esse foi mais um ato da série de assédios institucionais que os servidores públicos estão sofrendo, e expõe a estratégia do governo Bolsonaro, através do ministro da economia, de desmoralizar o serviço público, arraigando no imaginário popular a falácia de que os gastos com o funcionalismo público não retornam em benefícios aos contribuintes, facilitando, assim, a aceitação dos ataques e reformas que retiram direitos do funcionalismo.

                Não podemos tolerar mais assaltos à dignidade e honra de trabalhadores que dedicam suas vidas ao serviço público do país. Daremos uma resposta e nosso basta ecoará pelas ruas de todo o Brasil.

Por isso convocamos todas e todos os servidores para participarem do DIA DE LUTA EM DEFESA DO INSS E DA APOSENTADORIA, dia 14 de fevereiro, às 7h, em frente à Agência Centro do INSS em Porto Alegre. O dia de luta foi convocado pelas centrais sindicais e deverá acontecer em todo país, e após as declarações de Guedes, passa a ser também em defesa dos serviços públicos e contra a Reforma Administrativa.

 

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