A Secretaria de Gênero e Combate à Discriminação Racial do Sindisprev RS promoveu, em parceria com escolas de Porto Alegre e Região Metropolitana, uma ação para levar crianças e adolescentes ao cinema, para assistir “Pantera Negra”. Mais de 300 pessoas assistiram à sessão na manhã da última terça-feira (10), das escolas Grande Oriente e Getúlio Vargas – de Viamão –, e de uma casa de acolhimento da Capital.
Desde a chegada ao cinema, era visível a agitação dos estudantes para assistir ao filme de super-herói em que mais de 90% dos personagens são negras e negros. Em fila, cada um pegou sua pipoca e seu copo de refrigerante. Acomodados nas poltronas do cinema, foi com surpresa que assistiram as primeiras cenas. Olhos atentos e curiosos durante as duas horas e quinze minutos de duração do filme. No final, muitos aplausos e rostos tomados por sorrisos – para alguns, essa foi a primeira vez em uma sala de cinema.
O filme do super-herói Pantera Negra, lançado no início de 2018, ganhou prestígio e visibilidade por ser o primeiro do gênero que tem um protagonista negro. Além disso, o filme é dirigido por um negro e mais de 90% do elenco também é negro. Pantera Negra inverte a lógica do cinema mundial, onde é predominante o protagonismo de atores brancos.
Pantera Negra acompanha T’Challa que, após a morte de seu pai, o Rei de Wakanda, volta pra casa para a isolada e tecnologicamente avançada nação africana para a sucessão ao trono e para ocupar o seu lugar de direito como rei. Mas com o reaparecimento de um velho e poderoso inimigo, o valor de T’Challa como rei – e como Pantera Negra – é testado quando ele é levado a um conflito formidável que coloca o destino de Wakanda, e do mundo todo, em risco. Confrontado pela traição e o perigo, o jovem rei precisar reunir seus aliados e liberar todo o poder do Pantera Negra para derrotar seus inimigos e assegurar a segurança de seu povo e de seu modo de viver
Para as diretoras da Secretaria de Gênero e Combate à discriminação Racial, Nilza Chagas e Ana Tolentino, levar crianças e adolescentes da periferia para assistir Pantera Negra “é importante porque, para além da representatividade e empoderamento, mostra para eles que mesmo com as dificuldades do dia-a-dia, é possível lutar e alcançar seus objetivos”.