“Para que essa ansiedade, essa angústia!”, disse o Ministro da Saúde.
Em coletiva de imprensa, realizada na manhã de ontem (16), sobre o lançamento do Plano Nacional de Vacinação, Eduardo Pazuello debochou da imprensa ao ser questionado sobre a demora do governo federal em iniciar a imunização na população brasileira.
Com mais de 7 milhões de infectados e mais de 183 mil mortos, até o dia de hoje, o Brasil ainda está na fase de licitação para aquisição de seringas, enquanto países como Estados Unidos, Inglaterra e Rússia iniciaram a vacinação.
O caráter negacionista do governo federal tem confundido a população, uma pesquisa da DataFolha destaca que 22% da população não quer ser imunizada contra a COVID-19. O próprio presidente da república disse que não tomará a vacina, sendo seguido por milhares de pessoas que organizam-se em grupos nas redes sociais e espalham fake news sobre o imunizante, em especial a CoronaVac.
Ontem, um pastor bolsonarista afirmou, sem provas, que a vacina provoca câncer e também contém HIV.
Enquanto o governo prega a desinformação, o Presidente do Conselho Nacional de Saúde entrega, ao presidente do Senado, presidente da Câmara dos Deputados e pra Deputada presidente da Comissão de Saúde da Câmara federal, em torno de 600 mil assinaturas ao Congresso pedindo a revogação da EC 95 – a emenda da morte – e por vacina para todo o povo brasileiro.
O SUS não pode perder 35 bilhões no orçamento da saúde, principalmente em meio à pandemia.
Enquanto os que acreditam na ciência tentam manter o SUS garantido seu financiamento em Porto Alegre, representantes do Banco Mundial juntamente com o Secretário da Saúde do Município e também ex secretários, realizam um simpósio sobre a Privatização da Atenção Básica no município, com objetivo concreto de terceirização e privatização seguindo com o projeto de demitir trabalhadores e trabalhadoras da saúde, além do fechamento de unidades de saúde entregando para a iniciativa privada o programa de estratégia da saúde da família.
Esse é o projeto da destruição da saúde pública, da retirada de direitos trabalhistas no âmbito nacional, um projeto do governo Bolsonaro, Mourão, Leite e Marchezan agora substituído por Melo, junto com grandes empresários da saúde.
Defendemos um SUS que seja 100% público, estatal, de qualidade para toda a população e de gestão direta.
Não à privatização da Saúde!
O vírus da desinformação é tão letal quanto o coronavírus que já vitimou 1.637.805 pessoas em todo o mundo.