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Posto do INSS de Osório está há 15 dias sem energia elétrica.

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Falha no transformador da agência provocou um apagão que perdura desde o dia 24 de janeiro.

   Centenas de cidadãos ficaram sem atendimento e se acumulam diariamente na porta da agência em busca de atendimento. Os servidores, sem condições de exercer seu trabalho, tentaram prestar orientações, mas foram ameaçados por pessoas inconformadas pelo desrespeito do governo.

   Prédios sucateados, equipamentos velhos, falta de manutenção. Fatos que fazem parte da rotina de milhares de servidores públicos do país e impactam a produtividade e a saúde dos trabalhadores acabam por vezes causando desastres ou falhando de maneira grave, impedindo o funcionamento das repartições. O apagão da agência do INSS de Osório não escapa a essa lógica.

   O prédio é muito antigo, grande parte não tem manutenção há muitos anos e está desativado. A parte ativa do edifício sofre manutenções corretivas pontuais, o mínimo necessário para manter o funcionamento precário. O defeito ocorrido é consequência dos maus tratos com o qual a coisa pública tem sido submetida. 

    No dia 03 de fevereiro (11 dias após a falha) o transformador foi finalmente instalado, no entanto, quando a companhia fez a religação de energia, a fiação interna entrou em curto circuito e novamente a energia teve que ser desligada para a troca da fiação, situação que perdura até o momento.

    Parte dos servidores, mesmo sem qualquer suporte, tiveram que trabalhar de suas residências no que fosse possível, apesar da falta de estrutura, uma parte resolveu continuar na agência para orientar os cidadãos a buscarem os canais remotos de atendimento.

   Um servidor relatou que o sentimento de indignação era claro em diversas pessoas. Reclamações e insultos eram frequentes, servidores foram ameaçados e em duas oportunidades a população revoltada ameaçou invadir a agência. Os servidores viram-se obrigados a interromper as orientações sob o risco de serem agredidos. No momento, os cidadãos de Osório e região, estão sem perícia médica ou qualquer atendimento presencial.

    Não é de hoje que os serviços públicos vêm passando por um processo de desmonte. Agora, com o atual governo, a situação dos órgãos públicos mais essenciais para a população precariza-se de maneira ainda mais acelerada. Esse projeto de desmonte culmina no corte de R$ 988 milhões que o INSS sofreu para o orçamento de 2022 e reflete na deterioração da infraestrutura dos órgãos. 

    Os servidores do INSS estão há mais de 5 anos sem recomposição salarial, sendo submetidos a metas absurdas e incremento de carga horária nas agências. Os cortes no orçamento deixam claro que a situação só tenderá à piora. Por isso, é importante o engajamento de todos na jornada de lutas dos servidores federais para lutarmos por melhores condições de trabalho e contra o arrocho salarial ao qual estamos submetidos.

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