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Problemas estruturais e falta de pessoal levam Comissão de Saúde ao Hospital Presidente Vargas

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Diante das reclamações sobre a lotação da maternidade do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, os vereadores da Comissão de Saúde da Câmara de Porto Alegre visitaram ontem as instalações da instituição, gerenciada pela Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo da comitiva foi avaliar as condições de atendimento. Além disso, os parlamentares levaram ao diretor do HPV, Carlos Henrique Casatelli, as principais reclamações feitas pelos funcionários, como a falta de pessoal e problemas estruturais no prédio, localizado na avenida Independência, como infiltrações em algumas salas.

Uma das questões discutidas foi a aplicação do ponto eletrônico no início deste ano e que gerou polêmica. Segundo o vereador Thiago Duarte (PDT), alguns funcionários reivindicaram a suspensão temporária deste processo, alegando que existem outros assuntos que merecem mais atenção na instituição. Durante a visita, que durou cerca de duas horas, os vereadores conheceram as instalações dos setores de atendimento e de internação, o bloco cirúrgico e o Centro Obstétrico.

Segundo o vereador Carlos Todeschini (PT), o hospital passa por um processo de recuperação intenso. Mesmo assim, ele avaliou que é necessário ampliar os investimentos para agilizar as reformas. “É um prédio antigo e os serviços de recuperação são mais caros, exigindo um repasse maior de recurso por parte da prefeitura”, disse. Para a vereadora Fernanda Melchionna (PSol), é fundamental haver um levantamento das alas que precisam ser reformadas e a elaboração de um cronograma, apontando a data de início e fim das obras.

Indicado para assumir nesta semana a Secretaria Municipal de Saúde, no lugar de Luiz Carlos Seligman, que comandou interinamente a pasta depois da morte de Eliseu Santos, no final de fevereiro, o diretor do HPV, Carlos Henrique Casatelli, adiantou que para suprir a falta de profissionais será aberto um concurso público. Ele explicou que uma das causas da defasagem do quadro funcional é que parte do acordo firmado, em 1999, com o Ministério da Saúde não está sendo cumprido. O diretor lembrou que uma das definições era de que para cada funcionário aposentado seria autorizada a contratação de outro. Porém, isso não está ocorrendo.

Em relação aos problemas estruturais do prédio, ele lembrou que existe uma série de obras e reformas em andamento. O diretor afirmou que pelo fato de o atendimento não ser suspenso durante as obras, o prazo de execução acaba sendo maior. “Esse é um hospital de portas abertas e não podemos simplesmente parar o atendimento para fazer uma reforma. Ao contrário, mantivemos os serviços”, apontou Casatelli.

Além disso, ele lembrou que, nas últimas duas semanas, o serviço de atendimento materno-infantil está sobrecarregado, assim como em outras instituições, por causa do fechamento temporário do Hospital Femina. A instituição suspendeu o atendimento de maternidade e de internação na UTI Neonatal no dia 15 de março e deverá retomar as atividades em 15 de abril. Só no Femina, são realizados cerca de 400 partos mensais.

 

Fonte: Mauren Xavier/Correio do Povo

Foto: Carla Ruas

 

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