A maioria dos candidatos e seus programas partidárias querem a privatização de todo sistema previdenciário via bancos, através de seus planos privados. Nessa transição, entra na ordem do dia a terceirização da mão de obra com os convênios. Ou seja, não enxergam a necessidade de que a concessão de benefícios seja uma prerrogativa do estado brasileiro através de seus agentes públicos concursados e com atribuições específicas e indelegáveis.
Os programas dos partidos do Centrão, na prática, extinguem os concursos e as carreiras do serviço público, com exceção às ligadas aos órgãos de segurança do estado e às da fiscalização.
Sabemos que o Projeto de Reforma da Previdência está “sobrestado” até o final do período eleitoral. Na hipocrisia dos discursos repetidos, os candidatos dos partidos do “Centrão” e seus parceiros de ocasião que apoiaram a proposta de reforma Trabalhista e da Previdência e mantiveram Temer no poder até hoje, apesar das denúncias da PGU, escondem que nos programas oficiais dos seus partidos as únicas saídas para a crise são a Reforma da Previdência e a contenção de gastos públicos nos demais segmentos como Educação e Saúde.
Problemas como o desemprego, a pobreza crescente da população e o desequilíbrio das contas públicas passam a ser explicados pela corrupção, mesmo não havendo relação direta entre eles. Essa falsa centralidade da corrupção tira o protagonismo da economia nos debates. Para a covardia e a incompetência política é mais fácil achar um bode expiatório como justificativa dos problemas econômicos.
Todos mentem e omitem sobre o maior responsável na origem da crise, o sistema financeiro, que suga em torno de 40% da arrecadação pública. A maior sangria do dinheiro público e responsável pela falta de investimentos no país, a imoral e ilegítima Dívida Pública sequer é mencionada.
Dos R$ 2,483 trilhões do orçamento federal executado em 2017, foram destinados a título de juros e amortizações da dívida o valor de R$ 993,0 bilhões para os rentistas e uma dúzia de banqueiros. Enquanto para a Previdência, foram destinados R$ 645,5 bilhões para pagamento de mais de 10 milhões de brasileiros.
O Art 26 das Disposições Transitórias da Constituição prevê a Auditoria da Divida e até agora nada. Não matar a galinha dos ovos é não denunciar quem realmente banca o caixa das suas candidaturas.
Precisamos estar atentos para o que os postulantes ao governo do Estado brasileiro pretendem conosco e com o destino do serviço público. Nas eleições, não podemos nos omitir ou tomar decisões contra nossas reivindicações históricas. Não podemos continuar nos corredores do Congresso Nacional com nossas propostas e projetos correndo atrás de deputados liberais que nos odeiam.
Segundo Cristiano Romero do Jornal Valor Econômico no artigo- Brasil, um país partido, “..nas crises: o corte de investimentos, arrocho salarial para o funcionalismo (os servidores deveriam ser os primeiros a se preocupar com a saúde das finanças do país)….”
* Querem a Reforma Previdência o Centrão e seus aliados de ocasião, as birutas de aeroporto: PMDB, PSDB, PP, PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS, PR, PHS, PSL, Podemos, Solidariedade, PTC, PTdoB, PV, PSC.