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Protesto dos servidores federais reúne mais de 300 trabalhadores

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Os ataques aos direitos dos trabalhadores federais e o serviço público, pela presidente Dilma Rousseff, levaram centenas de pessoas às ruas de Porto Alegre, nesta quarta-feira (30). Pela manhã, os servidores da Saúde e Ministério do Trabalho realizaram uma assembleia na Casa do Gaúcho, junto ao Parque da Harmonia. Moradores da Lomba do Pinheiro – dependentes do precário sistema público de saúde – também se juntaram às manifestações por melhores condições nos postos e hospitais de Porto Alegre.

O protesto de hoje ocorreu em diversas capitais brasileiras, e é mais uma demonstração de unidade entre categorias e a população, que, juntamente aos funcionário públicos, sofre com o descaminho do dinheiro público através do descaso de governos municipais, estaduais e federal. “É atacando os servidores que o governo reprime a classe trabalhadora que depende dos postos de saúde e de outros serviços essenciais. A luta se faz na rua, denunciando o governo federal e sua política de favorecimento aos mais ricos e poderosos”, disse Alcino Boca, representante da comunidade da Vila Mapa 2.
 
Os servidores públicos federais estão há mais de 15 anos sem reajuste real nos salários. Por outro lado, o governo Dilma Rousseff, assim como fizeram Lula e FHC, adota políticas de gratificações para criar uma falsa justificativa à opinião pública sobre reajustes salariais que não existem. As categorias, que se solidarizaram com a greve nas universidades federais, exigem o cumprimento de acordos e leis, como a garantia da jornada de 30 horas semanais de trabalho para todos.
 
O diretor do Sindisprev-RS e da Fenasps, José de Campos, informou que há cinco reuniões de negociações com o governo, que vem enrolando a categoria em relação às negociações nacionais do plano de carreira dos servidores e as reivindicações específicas. Para fazer um forte enfrentamento a este governo que vem tratando a saúde pública e a seguridade social com descaso, arrochando salários e precarizando as condições de trabalho para forçar a privatização, é necessária uma forte mobilização e paralisação geral do serviço público. “Precisamos dar força e visibilidade às nossas reivindicações. Temos que ir à Brasília no dia 05, e discutir o indicativo de greve geral junto aos demais servidores, para fortalecer nossa luta e fazer um enfrentamento real aos ataques do governo e da burguesia!”, completa José de Campos.
 
“Os governos Dilma, Tarso e Fortunati têm apenas um objetivo: desmontar o serviço público, privatizá-lo e achatar os salários dos trabalhadores. As políticas implementadas por eles beneficiam apenas grandes grupos empresariais e multinacionais, facilitadas através de isenções fiscais e outros benefícios que lhes garantem vantagens por décadas. É preciso acabar com isso. E somente com unidade entre os servidores e a população é que conseguiremos desmascarar essa sujeira travestida de democracia, essa roubalheira que é sentida lá na ponta, nos postos de saúde sem equipamentos, na falta de servidores na Superintendência do Trabalho e no INSS. A luta é de todos!”, disse Joel Soares, diretor do Sindisprev-RS.
 
Ao ato se somaram representantes do Cpers, Sindicaixa e CSP Conlutas. À capital gaúcha, nesta quarta-feira, chegaram servidores de Pelotas, São José do Norte, São Gabriel, Dom Pedrito, Uruguaiana, Bagé, Santa Maria, Rio Grande, Cachoeira do Sul, Alegrete, Itaqui, Caxias do Sul e outras cidades do interior. O Dia de Lutas foi encerrado com uma caminhada até a prefeitura, onde foi realizada uma grande manifestação.
 
Os servidores do INSS, que também participaram do Dia Nacional de Lutas estão mobilizados em torno do plano de carreira, incorporação da GDASS e 30 horas para todos, além de reivindicarem reajuste salarial. Em seus postos de trabalho, os servidores vestiram a camisa da campanha, estenderam faixas e distribuiram uma carta aberta à população.

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