Centenas de pessoas são esperadas no Ato Público pelo fim da discriminação racial, preconceito e violência policial aos moradores do Quilombo Silva. Vítimas de agressão, humilhação e, até mesmo, tortura por policiais militares do 11º BPM na semana passada, as famílias, agora, vão às ruas pedir o fim do racismo e preconceito, bem como exigir celeridade nas investigações da própria Brigada Militar e dos órgãos competentes.
Somados à luta pelos direitos humanos, o Sindisprevrs e os movimentos sociais, que integram o Comitê em Defesa do Quilombo da Família Silva, vão participar da caminhada no dia 09 de setembro, às 14h. A passeata parte da Avenida Loureiro da Silva, em frente ao Incra, e vai até a Praça da Matriz, junto ao Palácio Piratini, onde haverá um grande ato público.
Na quarta-feira (08) pela manhã, representantes do governo do Estado se comprometeram em ir até o Quilombo da Família Silva para tranquilizar homens, mulheres e crianças quanto ao fim dos abusos de policiais militares, assim como transparência nas investigações acerca dos Pms acusados de tortura por integrantes da comunidade.
Na tarde de hoje, três vítimas de abuso de autoridade e violência física foram ouvidas pela sindicância aberta pela Brigada Militar no QG da corporação, na Rua dos Andradas. “A Presidência da República, através da Secretaria Especial de Igualdade Racial, repudia a atitude arbitrária e criminosa de policiais contra os moradores do Quilombo Silva. Estive reunida com a coordenação de Quilombos do Incra e com a Caixa Econômica Federal para tratar do cercamento da área de seis mil hectares”, disse, nesta segunda-feira, Ivonete Carvalho, diretora da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Na próxima semana, o ministro interino, João Carlos Nogueira, deve estar em Porto Alegre. No dia 25 de setembro, o Quilombo Silva completa um ano com a titulação de o primeiro Quilombo Urbano do Brasil. Foto: Assinatura da escritura, em 2009.