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Relatório do Comando Nacional de Greve – 25/06/2009

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Nossa greve completou hoje 10 dias e os informes dos Estados apresentam um quadro crescente de adesão de servidores e intensificação do movimento. A participação na greve tem sido ativa com visitas aos locais de trabalho, informação à população, atos públicos. Os trabalhadores têm dado uma demonstração de garra, coragem e ousadia ao enfrentar as tentativas do Governo de desmobilizar o movimento que já é vitorioso pela capacidade de enfrentamento demonstrada ao rejeitar as pressões do governo e das chefias. Enfrentamos as decisões do STJ, o código 28, as ameaças e o assédio moral.
A mobilização e o comprometimento dos trabalhadores demonstram a garra com que decidimos defender os nossos direitos relacionados à jornada de trabalho, ao salário e contra os mecanismos do Governo que tentam repassar para as costas dos trabalhadores a situação caótica em que está o INSS atualmente.
Ao defender nossos direitos, defendemos, ao mesmo tempo, a certeza dos segurados serem atendidos dignamente, tendo seus direitos garantidos.
A FENASPS nunca se negou a negociar com o Governo. Porém não aceita redução de direitos da categoria.
A FENASPS se pauta pelas decisões dos trabalhadores nos fóruns de base, nas assembléias e nas plenárias. Nossas decisões respeitam o critério da democracia e nossa tarefa é encaminhar as decisões dos trabalhadores. Por isso não acredite em falsas informações. Até o momento o Governo não apresentou nenhuma proposta concreta.
Na audiência do dia 04 de junho, antes mesmo de iniciar a greve, o Presidente do INSS propôs a criação de um GT com prazo de funcionamento de 90 dias, sem nenhuma garantia para os trabalhadores, condicionada à suspensão da greve. Esta mesma proposta foi apresentada ao Ministério Público e as demais Entidades que, estranhamente, têm sido recebidas pelo Governo. A FENASPS rejeitou esta proposta, pois a categoria decidiu entrar em greve diante da intransigência do Governo que aumentou a jornada e impôs a GDASS como forma de resolver a falta de funcionários no INSS. É importante reafirmar nos Estados a decisão da Plenária da FENASPS, de que só a Federação está autorizada a negociar em nosso nome, com aval das decisões de base da categoria.
Médicos Peritos decidem fazer operação padrão e indicam greve
Os Médicos Peritos de Brasília decidiram aprovar operação padrão a partir de segunda-feira, dia 29 de junho, com indicativo de greve. A operação padrão será realizada cumprindo jornada de seis horas.
Reunião com Procurador Federal da República
No dia de hoje participamos de reunião com o Procurador Federal da República, Dr. Peterson de Paula Pereira, onde reafirmamos a disposição da categoria em fortalecer o movimento para exigir negociações com o Governo. No encontro discutimos também os problemas enfrentados no INSS pelos servidores como a falta de funcionários, os problemas de desvio de função, a disparidade entre técnicos e analistas, precariedade nas condições de trabalho e atendimento. Denunciamos ainda que a política de produtividade do Governo trará prejuízos para os segurados aumentando a quantidade de indeferimentos e conseqüentemente de recursos, revisões e ações judiciais. O procurador voltou a reafirmar que a jornada de trabalho é uma decisão do gestor do órgão e que não justifica alegar que a cobrança parte de outras instâncias do Governo. Entendemos que é uma decisão do INSS e do Ministério da Previdência.

Fonte: FENASPS

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