Os trabalhadores municipais, estaduais e federais da Saúde de Porto Alegre começam, a zero hora desta terça-feira (23), uma greve por tempo indeterminado. Na Assembleia da última quarta-feira (17), os servidores denunciaram o “jogo de cena” do prefeito José Fortunati, que usou de retórica na última semana para lançar um pseudo plano de modernização do SUS na capital dos gaúchos. Na ocasião, o prefeito anunciou, de forma provocativa, um abono salarial.
Os trabalhadores reiteram as pautas reivindicadas por toda a categoria, hoje à mercê da sobrecarga de trabalho, baixa remuneração e sem condições materiais para atender a população porto-alegrense. Os servidores exigem o cumprimento das 30 horas semanais de jornada sem a redução salarial. Com a greve, as emergências, os postos de saúde e os hospitais terão o atendimento reduzido em 30% à população de Porto Alegre e que chega do interior do Estado.
“Não admitimos a retirada de conquistas. A intransigência do prefeito, que apenas promove o marketing de que Porto Alegre será uma das sedes da Copa do Mundo, precisa vir à tona. Como iremos sediar um evento mundial se a população morre em filas de postos e hospitais? No Hospital de Pronto Socorro, por exemplo, o vazamento de radiação do raio-X pode ter causado a morte de dois funcionários. O sucateamento dos locais de trabalho está levando à morte também os servidores, não apenas a população”, disse Joel Soares.
Calendário de Mobilização:
Terça-feira (23):
– 9h concentração em frente ao Paço Municipal;
– 14h30 Assembleia Popular em frente ao Paço