Os trabalhadores estaduais e federais municipalizados definiram o calendário de mobilizações que poderá culminar em uma greve em hospitais, postos de saúde e unidades básicas caso o prefeito José Fortunati não atenda as reivindicações. No início da noite desta quarta-feira (03), a assembleia deliberou pelo estado de greve em hospitais, postos e Unidades Básicas de Saúde. Os trabalhadores vão boicotar o cadastramento ao ponto eletrônico nos locais de trabalho.
Entre outras reivindicações, os servidores exigem o cumprimento da jornada semanal de 30 horas, plano de carreira e melhorias nas condições de atendimento à população porto-alegrense e pacientes que dependem da ambulancioterapia para buscar tratamento na capital. A diretora do Sindisprev-RS, Dinara Del Rio, lembrou da grande greve realizada em 2003, em Porto Alegre, quando a prefeitura se comprometeu em atender às reivindicações da categoria. No entanto, no decorrer das últimas três gestões os trabalhadores tiveram saqueados alguns direitos básicos.
“Queremos o cumprimento do acordo de todos os contratos, que abrangem 30h, 20h e 15 horas semanais, para que se comece, se for o caso, a falar em ponto eletrônico. A categoria está cansada do assédio moral e do desrespeito, que vai da ausência de um plano unificado de carreira à política salarial que reponha todas as perdas acumuladas ao longo de décadas”, disse Dinara.
No dia 10 de agosto, o prefeito de Porto Alegre se comprometeu em receber os servidores da saúde. Os trabalhadores municipários, que deflagraram semana passada estado de greve, realizam nova assembléia nesta quinta-feira (04).