Cansados da enrolação do governo federal, seja no Grupo de Trabalho montado no Ministério da Previdência/INSS e CGNAD , e na recusa do governo de abrir negociações com o conjunto de servidores públicos federais e trabalhadores do INSS, o Estado com maior contingente de servidores da Previdência Social do país, São Paulo, realizou 24 horas de paralisação nessa quarta-feira (15).
A paralisação e a sua adesão demonstram que é possível construir a greve nacional por tempo indeterminado. Os trabalhadores do INSS estão cansados da cobrança de metas, índices e procedimentos aos quais não há contingente nem estrutura de trabalho para serem atendidos. A categoria está cansada das práticas de assédio moral praticadas por grande parte das chefias e gerentes.
Os trabalhadores não aceitam que mais de 70% da sua remuneração seja uma parcela variável, a GDASS. Os trabalhadores exigem que as 30 horas sejam reconhecidas como a carga horária da carreira do Seguro Social. A categoria não aceita a perda do poder aquisitivo. Com o congelamento de salário em 2012 e 2013, querem valorização com Plano de Carreira verdadeiro e criação imediata do adicional de qualificação, se recusando a serem coniventes com a nova reforma da previdência que é gestada pelo governo federal.
A categoria exige a incorporação de gratificações no vencimento básico, 22,08% de reajuste salarial, condições de trabalho para melhorar o dia a dia dos trabalhadores e da população e jornada semanal de 30 horas.
Em Porto Alegre e algumas cidades do interior, os trabalhadores distribuíram uma Carta Aberta aos segurados que eram atendidos. No Rio Grande do Sul, a assembleia-geral da categoria ocorrerá no dia 21 de agosto (terça-feira), às 17 horas, para tirar indicação de paralisação no dia 28 de agosto.