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Sobre a situação do INSS, por Zé Campos

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“Colegas, o primeiro passo na situação atual é desconstruir na sociedade a proposta de força-tarefa composta por militares. Não por serem militares, mas pelo fato de não terem conhecimento técnico da legislação e dos sistemas.

Sem esse conhecimento, esse contingente é de nenhuma serventia para a redução do represamento. O eventual remanejamento de colegas que estão em atividade fora da concessão também não terá resultado imediato.

Nessas condições, a solução é constituir a força tarefa com os colegas aposentados nos últimos anos que tem conhecimento para fazer a diferença. Além disso, não há como dar consistência a esse esforço sem ação da DATAPREV, o que é incompatível com a demissão de 400 trabalhadores da empresa.

A essas medidas emergenciais, é preciso compreender que sem a modificação do entendimento do governo sobre o modelo de gestão do INSS, não há solução real. O INSS digital é inevitável e não podemos fechar aos olhos para a evolução tecnológica, que pode trazer ganho à cidadania se bem utilizada. Não é o caso.

O INSS Digital não dialoga com a exclusão digital, e a negativa de prestação de serviços na nossa rede física, canalizando tudo para a plataforma do Meu INSS, entrega os segurados a quase obrigação de contratar serviços de intermediários ou contar com a boa vontade de familiares e amigos.

Além disso, essa metodologia aumenta a quantidade dos requerimentos e lhes baixa a qualidade, já que mal orientados os segurados deixam de anexar os documentos necessários. É preciso contratar servidores, fornecer formação e apoio à atividade.

Isso deve ser feito através de concurso público para a Carreira do Seguro Social. Como a organização de concurso é processo demorado, acreditamos que deve ser revalidado o último concurso e nomeados imediatamente os aprovados.

Tudo isso, colegas, deve estar ancorado na nossa compreensão de que é preciso agir para valorizar a Carreira do Seguro Social, principalmente no momento em que o governo está na eminência de enviar ao Congresso um projeto de reforma administrativa que, entre outras coisas negativas, prevê redução salarial como medida de ajuste fiscal.

É hora de abrir os olhos. Cada um sabe o que é melhor para si, mas entenda-se que não há saídas individuais para os trabalhadores do INSS e o mínimo que precisamos compreender é que a situação, embora perigosa, abre uma fresta de oportunidade que só pode ser prospectada se existir união e mobilização.

É preciso participar e colocar nossa visão para a sociedade nos atos que vão marcar o Dia dos Aposentados, dia 24 de janeiro.

É preciso fazer reuniões nos locais de trabalho e discutir a nossa situação e reivindicações para aprová-las em Assembleias nos Estados, e realizar Encontro Nacional dos trabalhadores do INSS e Plenária Nacional. É hora de nos mobilizarmos. Lutar, lutar, lutar.”

 

Texto escrito por Zé Campos, diretor do SindisprevRS.

 

 

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Porque a proposta de acordo do governo deve ser rejeitada

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