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Sociedade cobre o rombo da Prefeitura de Porto Alegre

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Enquanto a saúde no Rio Grande do Sul sofre nas mãos de más administrações, quem arca com os custos é o usuário. E o consumidor, que pensa estar agindo “com o coração”, como diz a campanha do Zaffari em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A estratégia é simples: através do apelo ao sentimento de cada comprador, o caixa do supermercado convence-o a doar o troco, de alguns poucos centavos, para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) e a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

O dinheiro que cada cliente doa é pouco, nada que vá afetar o orçamento familiar. Mas não faz sentido o cidadão contribuir com um serviço que deveria ser público, fornecido pelo governo, um direito que ele já paga através de impostos para ter. Se faltasse verba no orçamento, a atitude seria compreensível, mas a campanha se desenrola enquanto esse mesmo governo desvia recursos do Programa Saúde da Família. A sociedade investe para cobrir o rombo deixado pela administração municipal.

O SINDISPREV-RS denuncia o descaso da Prefeitura com a saúde. Cerca de R$ 10 milhões foram roubados da população, através de um convênio fraudulento com o Instituto Sollus, de um programa da Secretaria da Saúde. Se não houvesse desvio de verbas, provavelmente não se precisaria recorrer a doações voluntárias. É a política do governo Fortunati, herdada do ex-prefeito José Fogaça, em cuja gestão o programa “Troca do Coração” começou e em que houve o roubo dos cofres públicos.

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