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Trabalhador não precisará mais ir as agências do INSS para se aposentar

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O Dia / Alessandra Horto e Max Leone:

Em entrevista ao DIA, ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, anuncia que, a partir de 2016, não será mais preciso ir a uma agência para conseguir benefício. Rio – O trabalhador vai se aposentar de casa, sem precisar ir ao posto da Previdência Social. Em entrevista exclusiva ao DIA, o ministro Carlos Gabas antecipou que os segurados vão acessar todos os serviços pela internet a partir do ano que vem. Outra novidade é que em algumas situações não haverá mais necessidade de a perícia médica ser feita nos postos.

Robotização, capitalismo e os famintos – Correio do Brasil / Tarcísio Lage, de Hilversum: Ford, quando inventou a cadeia de montagem na primeira década do século passado, aumentou o rendimento do trabalho e consequentemente a mais valia. Em termos marxistas, a mais valia é a parte que o trabalho acrescenta ao valor final da mercadoria não paga ao trabalhador. O avanço tecnológico, ao aumentar a eficiência do operário, eleva ao mesmo tempo a mais valia e faz aumentar, consequentemente, a distância entre a riqueza da burguesia em relação à melhoria das condições econômicas da classe operária. Agora que a cadeia de montagem já completou 100 anos ela parece brincadeira diante das novas tecnologias, da automação e robotização nos meios de produção e, principalmente, de serviços. Numa fábrica de automóveis, a linha de montagem atingiu o patamar onde o trabalhador foi praticamente excluído.

O robô, no entanto, não consome e condena praticamente à extinção o trabalho manual e míngua, em consequência, a força dos sindicatos como foram concebidos no auge da revolução industrial. O eixo do mercado de trabalho transferiu-se para os escritórios, para os trabalhadores de colarinho branco que, em alguns casos, adquiriram praticamente status de classe média. Mas eles também estão em perigo. No Manifesto do Partido Comunista, de 1848, Marx dizia que o capitalismo já tinha criado, na época, maravilhas mais suntuosas e imponentes do que as pirâmides do Egito e as catedrais góticas. Henry Ford não tinha sequer nascido e todas as maravilhas tinham sido produzidas pela força de trabalho do proletariado em fábricas movidas por caldeiras a vapor com a queima de carvão. Atualmente, qualquer laptop tem capacidade de memória e cálculo maior do que o computador da NASA.

O que nos interessa aqui, no entanto, é tentar entender o impacto desse extraordinário desenvolvimento tecnológico nos mecanismos do sistema capitalista. Atualmente, numa velocidade que Marx nem poderia prever quando conclamou “operários de todos os países, uni-vos”. Como nada é eterno, um dia o capitalismo não vai conseguir superar uma de suas crises periódicas e o deus mercado vai para os livros de História representando um sistema que deu o que tinha de dar criando grandes maravilhas ao custo de suor, lágrima e sangue.

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