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Trabalhadores contra a corrupção

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A classe dominante, que tem na política o centro de operações, tenta nos condicionar a um processo de reprodução, nos afastando de qualquer possibilidade de raciocínio, reivindicações e contestações. Como disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano, ela nos vê como papagaios, ou mero repetidores.

Essa lógica, porém, tem que mudar. É inadmissível que fiquemos parados com escancarados esquemas de corrupção, enquanto falta saúde pública para o povo, enquanto faltam medicamentos, enquanto faltam servidores, enquanto o preço dos alimentos sobe a cada ida ao supermercado. A vigília dos servidores do INSS, semana passada, é um exemplo de que a mobilização é a construção que transcende a interesses desta ou daquela categoria. A mobilização, na verdade, significa o enfrentamento a esta realidade coronelista, como o escândalo de corrupção envolvendo o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
 
Se a maioria dos deputados federais e Senadores no Congresso Nacional, que deveriam defender o interesse do povo, colocam panos quentes na crise instalada no governo Dilma, é porque, com certeza, há motivos e interesses ainda não revelados, mas aparentemente explicáveis, como analisa Cláudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil.
 
Dia 16 de junho, milhares de pessoas, trabalhadores, sindicatos e federações estarão em Brasília reivindicando direitos e pedindo um basta à corrupção. Semana passada, no Senado Federal, a pressão dos servidores fez com que a MP-520, que privatizaria os hospitais universitários, não fosse votada. Somente a união de todos conseguirá acabar com a impunidade aos casos de corrupção com o dinheiro público. Abaixo, ouça Giuseppe Finco, diretor do Sindisprev-RS.

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