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US Morro Santana terá força de trabalho totalmente terceirizada

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                Na onda de terceirizações do SUS em Porto Alegre, a Unidade Básica de saúde Morro Santana terá sua força de trabalho (composta hoje por servidores municipais, federais e trabalhadores do IMESF) totalmente substituída por trabalhadores terceirizados. A prefeitura está abrindo mão da administração e gestão da Unidade que, assim como a US Vila Jardim, estará nas mãos do Instituto de Cardiologia. A US Tristeza, UBS Sarandi e UBS São Gabriel já passaram por este processo, e outras Unidades de POA também deverão passar.

                A orientação é que os próprios trabalhadores da Unidade ofereçam treinamento para a nova equipe, o que não é sua função. Isso gera ainda mais preocupação sobre o futuro da Unidade, pois mostra que o Instituto de Cardiologia não está garantindo o treinamento da nova equipe. Os 17 trabalhadores da US Morro Santana souberam há cerca de duas semanas que serão transferidos para a US Chácara da Fumaça ou US Bom Jesus no dia 17 de fevereiro. A decisão foi tomada sem discussão alguma com a comunidade e a equipe atual.

 

Adoecimento de quem precisa cuidar

Desde a descoberta de que sua equipe seria desmantelada e seriam transferidos de local de trabalho, os trabalhadores da US Morro Santana estão adoecidos física e mentalmente, sentindo os efeitos do estresse com as dúvidas sobre a estrutura do novo local e o processo de adaptação.

A preocupação também acomete os usuários. A US Morro Santana atende principalmente idosos, e muitos deles mudam-se para a região justamente pela existência do posto, que é referência como SUS no bairro. Minutos antes do SindisprevRS chegar ao local, uma usuária havia saído chorando da Unidade, após saber que perderia o vínculo com os profissionais que já a acompanham em seu tratamento. Além disso, o agendamento prévio foi suspenso, e outros usuários estão confusos quanto ao atendimento.

Sobre o horário de atendimento estendido, Silvani aponta que não basta manter as portas da Unidade abertas se não houver pessoal de todas as especialidades em todos os turnos e com treinamento adequado para atender à população.

 

A situação do IMESF

A técnica em saúde bucal Desiree Kist de Barros aponta que está sem chão após essa nova medida da prefeitura. Ficou sabendo no fim de 2019, através dos meios de comunicação, que seria demitida, junto de outros 1.800 trabalhadores, pois o IMESF seria fechado. Agora, com o desmonte definitivo da equipe de trabalho, ela e as demais trabalhadoras do Instituto seguem com ainda mais incertezas. O Imesf segue existindo enquanto tramita o processo judicial de extinção do mesmo.


 

 

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