O seminário – ocorrido entre os dias 27 e 29 de março, no Rio de Janeiro – marcou o debate para o próximo período acerca das conferências de saúde que ocorrerão em diversos estados do País.
Com a crise mundial do capital, grandes grupos econômicos estão voltando seus interesses na mercantilização da saúde pública nos países mais pobres. A responsabilidade da regulação, organização e execução dos processos de saúde pública é do Estado.
Mas, a recomendação do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde tem sido a de se criar alternativas para a aplicação e ampliação de uma a saúde assistencialista e privatista, oferecendo pacotes de serviços básicos e o acesso aos demais serviços através do mercado.
Desta forma, com esta dobradinha entre público e privado, sabemos que fica inviabilizada o acesso universal e irrestrito à saúde pública e de qualidade. Sabe-se que, por exemplo, o governo Dilma (PT) tem atacado os direitos trabalhistas, priorizando o pagamento da dívida pública, políticas de subsídios aos planos de saúde e a entrada de capital estrangeiro através da Lei 13.097/2015.
A apresentação de novos modelos de gestão para a saúde – nos governos FHC, as organizações sociais; nos governos Lula, as fundações de direito privado; nos governos Dilma, a Empresa de Serviços Hospitalares – tem como consequência o aprofundamento da precarização do trabalho e o desrespeito com o controle social. Estas manobras ameaçam o direito à saúde pública de qualidade.
Os governos Dilma, Sartori e Fortunati em nada mudaram suas posições pós as manifestações de junho de 2013. Cabe aos trabalhadores a luta e mobilização por uma saúde 100% pública e que atenda com respeito a população brasileira.
Temos que lutar pelo fim das isenções fiscais e empréstimos a juros subsidiados às grandes indústrias de medicamentos. Chegou a hora de dos organizarmos nas comunidades e nos locais de trabalho para o debate e encaminhamento das demandas e reivindicações das pessoas que tem no SUS a única garantia de atendimento de saúde.
Além disso, precisamos articular a luta da saúde com outras demandas que nos dizem respeito, tais como previdência social, educação, moradia, assistência social e trabalho digno.
Nos links, abaixo, confira a cobrtura completa do seminário.
http://www.epsjv.fiocruz.br/index.php?Area=Noticia&Num=936
www.contraprivatizacao.com.br/2015/03/0984_30.html