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XVI Confenasps construiu poucas soluções para os problemas da categoria

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Tendo em vista que um congresso sindical de trabalhadores tem como principal finalidade a organização de um plano de lutas, onde é decidida a pauta de reivindicações por melhores condições de trabalho de uma categoria, o XVI Confenasps não cumpriu com o seu papel. Em um congresso nitidamente montado para não se ter uma discussão política aprofundada sobre o que vai nortear a categoria no próximo ano, sem o cumprimento de horários e nem mesmo a elaboração de um relatório dos Grupos de Trabalho, bem como a não organização de um calendário de ações, o resultado prático do encontro foi a votação para a escolha da nova diretoria da Fenasps no próximo triênio (2023-2026). Essa foi a percepção alcançada pelo SindisprevRS após Reunião de Avaliação, realizada, nessa quarta-feira (09/11), com servidores e servidoras.

Durante os quatro dias de Confenasps, de 26 a 29 de outubro, em nenhum momento tivemos uma discussão relevante para a organização da campanha salarial de 2024, muito menos foi estruturado de forma satisfatória um plano de lutas, onde constem, detalhadamente, quais são as reivindicações mais pertinentes para os servidores da nossa base, como por exemplo, o cumprimento do acordo de greve de 2022, a carreira da Saúde, do Trabalho e da Anvisa e muito menos um plano de lutas consistente para os Aposentados que vêm sendo massacrados em todos os governos, com perda no plano de saúde complementar e arrocho de salários.

Além disso, em votação, a majoritária da Fenasps se negou a fazer a criação de departamentos deliberativos setoriais, questão essa, amplamente difundida e solicitada na base. Outro ponto negado foi a implementação de plenárias híbridas, que têm como objetivo inserir mais servidores no debate das nossas causas. As questões que foram votadas não foram escritas, o que se votou foram falas e não sabemos se teremos um relatório final do que foi deliberado no congresso.

Mesmo compreendendo as dificuldades de mobilização, por diversas questões, como o teletrabalho e as discrepâncias econômicas no custo de vida do funcionalismo de cidades menores, nós do SindisprevRS defendemos que o Governo Federal precisa ser enfrentado e derrotado na sua política fiscal, que leva a um reajuste salarial de 0% para os servidores federais. E não é com a postura da Fenasps de não enfrentamento e de visível submissão às políticas do Fonasefe, possivelmente para evitar um desgaste do Executivo, que vamos alcançar os nossos objetivos.

Queremos e buscamos unidade com os servidores federais, mas com independência política e combate à inércia das entidades, no que diz respeito à organização dos trabalhadores e o real enfrentamento contra as políticas liberais e de austeridade fiscal por parte do governo.

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